Foto ilustrativa: Canva/Sou Agro

“As perdas no Paraná registraram R$ 2,5 bilhões”, diz Deral sobre prejuízo no agro por conta das condições climáticas

Débora Damasceno
Débora Damasceno

A gente tem acompanhado nos últimos meses as perdas no agro por conta das condições climáticas. E hoje falando mais especificamente no Paraná, que enfrentou muitas chuvas que é claro, refletiram no agronegócio. O que também aconteceu em outros estados do Sul do Brasil e em outras regiões, assim como estamos tendo questões com relação à seca também em vários estados.

Realmente, 2023 é um ano marcado pelas mudanças climáticas e por condições muito atípicas. Mas falando do Paraná, as perdas foram bem significativas, segundo levantamentos feitos até agora: “As perdas no Paraná registraram um volume financeiro de R$ 2,5 bilhões. Essas perdas, elas são divididas em duas safras, a safra de inverno e a safra de verão. A principal cultura atingida na safra de inverno, foi o trigo, colhendo menos de 1 milhão de toneladas do que nós poderíamos. A gente vai fechar a safra com 3,6 milhões de toneladas, que ainda é uma boa safra, mas que também tem muitos problemas de qualidade. Esses problemas de qualidade devem girar em torno de 420 mil toneladas de trigo, que vai ser direcionado para a ração. Com tudo isso, o trigo perdeu em torno de R$ 1 bilhão. Se juntam aos problemas nessa safra de inverno de modo relevante, a safra de cevada, a safra de cevada teve uma retração de 30%, praticamente. E com isso, deve também ter perdas financeiras na ordem de R$ 200 milhões “, explica Carlos Hugo Godinho, Coordenador da Divisão de Conjuntura  do Deral.

 

Mas as perdas na atual safra podem aumentar ainda mais, já que novos levantamentos devem ser feitos nos próximos meses. Mas do que já se sabe, há muito prejuízo financeiro no agronegócio do estado.

“Já para a safra nova, a gente tem problemas que são um pouco mais incipientes, mas que já demonstram em volumes financeiros uma relevância muito grande. A safra de fumo é a que se destaca nesse sentido, com perdas de aproximadamente 17% da produção. A perda financeira deve ficar em R$ 560 milhões. Já as demais culturas de grãos também tiveram problemas com erosão, mas ainda é um pouco cedo para falar, a gente está começando a colher feijão, batata e elas vão dando indicativos de que as perdas podem ser grandes e somado a outros grãos, como milho e soja, já devem somar R$ 750 milhões  de perdas”

 

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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