Preocupante: número de casos de raiva bovina dispara em Cascavel
O número de casos de raiva bovina disparou em Cascavel e já são 25 registrados oficialmente neste ano, de acordo com a Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná).
Os registros ocorreram em 15 propriedades que ficam em diversas regiões da cidade: Linha Velha, Jangada Taborda, São Mateus, Jangadinha, Linha Scanagatta, São Salvador e Rio do Salto.
Nós divulgamos ontem no Portal Sou Agro que os casos não notificados se tornaram uma preocupação, já que o número real pode ser muito maior.
A informação é reforçada pela fiscal de Defesa Agropecuária da Adapar de Cascavel, Luciana Monteiro. “Existe a possibilidade de mais animais terem sido comprometidos, mas isso não está chegando para nós, já que somos uma área de fiscalização. Porém, a raiva não tem relação com isso, a nossa preocupação é a questão de saúde da população, já que a raiva pode ser transmitida”, afirma.
A doença é transmitida pelo morcego ao rebanho. Um animal de um rebanho, por exemplo, não contamina o outro. Mas o que estiver com a doença vai morrer, assim como o morcego que transmitiu a raiva. A diferença é que a morte do morcego demora mais e, enquanto isso, transmite a doença a outros animais. No caso dos bovinos, a morte é rápida. “Isso acontece em um prazo máximo de 10 dias. Não tem volta. Não existe tratamento tanto ao animal quanto ao ser humano”.
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Por isso que, a partir dos sintomas, é necessário entrar em contato com a Adapar, para que todo encaminhamento necessário seja feito. “Existe vacinação para prevenir a doença, uma vacina muito eficiente, mas que muitos não aplicam. Tem que ser feita e é barata: em média três reais para duas doses”, orienta.
Para o ser humano que contrair a doença, também não há o que fazer. Do animal para nós, a raiva é transmitida em contato com a saliva do animal ou em caso de mordedura. “É por isso que notificar na propriedade é tão importante. Depois da morte do bicho, fazemos a coleta do material e confirmamos se o caso se trata de raiva ou não”.
Quanto ao consumo da carne ou do leite do animal contaminado, ela garante que isso não transmite a doença ao ser humano. “Não há registro de transmissão dessa forma”.