Paraná lança cartilha de orientação sobre doença que afeta cães e gatos
O Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), lançou uma
sobre os riscos da esporotricose, transmitida pelo fungo Sporothrix brasiliensis, que se manifesta como uma doença cutânea e que tem crescido no Brasil, incluindo o estado do Paraná.O lançamento faz parte da campanha do Julho Dourado, instituído no Paraná em 2018 como o mês de reflexão sobre a saúde animal, em especial de cães e gatos, incluindo a prevenção de zoonoses – doenças que podem ser transmitidas entre humanos e animais.
A esporotricose tem crescido no Brasil, e os gatos são mais acometidos pela doença, especialmente os animais não castrados, que tendem a manter hábitos de brigas e conseguem alcançar longas distâncias em suas andanças, o que facilita a disseminação dos microrganismos no ambiente.
A infecção ocorre por meio de mordidas e arranhaduras de outro gato doente. Porém, é possível contrair a doença através da transmissão ambiental, tanto pelo hábito de escavar solo contaminado quanto por afiar as unhas em matérias de origem vegetal, como troncos de árvores e madeiras que contenham o fungo transmissor.
O ser humano contamina-se a partir do contato físico com os animais doentes, especialmente quando sofre arranhaduras e mordeduras dos bichos.
Os sintomas principais são as lesões ulceradas na pele, em geral feridas profundas, com pus, que evoluem rapidamente e não cicatrizam com facilidade. O tratamento recomendado consiste em uso de medicação oral antifúngica, prescrita por médico depois de realizado o diagnóstico e dura cerca de seis meses.
Dada a complexidade da doença, e por envolver animais, pessoas e meio ambiente, a Sedest integra o grupo técnico de trabalho organizado pelo Ministério Público do Paraná que discute de forma multidisciplinar a ocorrência da esporotricose e suas consequências. O Estado do Paraná foi o primeiro do País a conseguir a liberação, por meio da Secretaria Estadual de Saúde, do medicamento gratuito necessário para o tratamento dos animais infectados, prevenindo o contágio das pessoas e a proliferação da doença.
ORIENTAÇÕES
A melhor maneira de controle da doença é a prevenção. O material distribuído pela Sedest também contém fotos de como a doença se manifesta para facilitar a identificação e evitar o contágio. Entre as orientações que podem ser citadas para prevenção da doença nos animais podem-se citar: manter os animais em casa, sem acesso à vizinhança; castrar os animais, especialmente os gatos; limpar o ambiente com água sanitária; usar equipamentos de proteção individual, como luvas e óculos ao manipular gatos doentes; manter os gatos em tratamento em local seguro e isolado; cremar os animais mortos, porque o fungo sobrevive na natureza, não sendo recomendável jogá-los no lixo, em rios ou enterrá-los; não fazer curativos locais nem banhar gatos doentes.
(Com AEN)