Foto: PC/Goiás

Matadouro clandestino vendia carne totalmente fora das normas sanitárias

Débora Damasceno
Débora Damasceno
Foto: PC/Goiás

A equipe da Delegacia de Polícia de Carmo do Rio Verde, com apoio da Agrodefesa e Superintendência de Polícia Técnico-Científica, deflagrou nesta semana a Operação Clandestinos com foco em matadouro.

Foi cumprido mandado de busca e apreensão em um matadouro, situado em Carmo do Rio Verde, que estaria funcionando de forma clandestina. Os policiais civis apreenderam documentos e diversas carcaças de bovinos prontas para revenda.

 

Também foi feita perícia local. O matadouro não obedecia as normas sanitárias e fornecia carnes para o comércio de Carmo do Rio Verde, São Patrício e Ceres. A PCGO investiga possíveis crimes contra as relações de consumo e a ordem tributária.

RISCOS

Conforme a Lei Federal n°8.137/90, considera-se abate clandestino crime contra a saúde pública, sendo eles abates feitos fora das instalações sanitárias adequadas e sem fiscalização. Grande parte das doenças são identificadas durante a inspeção ante mortem e post mortem, nos abates ilegais essa identificação não ocorre. A sanidade durante todas as fases do abate é de suma importância, mesmo em animais com o protocolo vacinal em dia, nutrição e score corporal ideal ainda existe o risco de contaminações da carcaça durante o abate.

Além das doenças veiculadas pelos alimentos (DTAs), ainda há o risco dos resíduos, esses que podem ser provenientes de fármacos, hormônios e poluentes ao meio ambiente. De acordo com Silva e Batalha (2000), dentre o levantamento executado das possíveis motivações da prática do abate clandestino estão grandes impostos e tributos, falha nas fiscalizações, cultura de comercialização de carnes em feiras e o custo final ser relativamente inferior que o ofertado em açougues e mercados inspecionados.  Esses abates são feitos em condições precárias, muitas vezes os animais são abatidos por estarem doentes e não conseguirem alcançar a produção esperada, caquéticos, em estado febril. Expostos ao sofrimento por pessoas despreparadas, em ambientes improvisados, contaminados, com presença de animais de diferentes espécies, como urubus, por exemplo, que são atraídos pelo forte odor das vísceras nos ambientes abertos.

(Com PC/Goiás)

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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