Foto: divulgação

Empreendedor argentino investe na primeira granja leiteira de cabras do Brasil

Liliane Dias
Liliane Dias
Foto: divulgação

Foi na Cidade de Sapucaia (RJ), a duas horas do Rio de Janeiro, que o engenheiro argentino Javier Maciel decidiu abrir a primeira granja leiteira de cabras do Brasil. Depois de conhecer um capril e se apaixonar pelo negócio, o empreendedor fez contas, analisou o mercado e arrendou uma estrutura pronta para iniciar um projeto que vem dando muito certo.

Tudo começou em 2015, quando Maciel comprou 300 cabras, ao longo de um ano. Seis meses depois, ele adquiriu também uma instalação própria de 89 hectares (sendo 20 de área produtiva), e assim o negócio foi crescendo pouco a pouco. Hoje, o rebanho da Capriana conta com 1050 animais que produzem cerca de mil litros de leite por dia.

Dos 89 hectares adquiridos para a sede da empresa, 54 são de Mata Atlântica preservada. “Aqui temos um espaço tranquilo e silencioso, cercado por um cinturão de morros que protege nosso rebanho do barulho e dos ventos.

Contamos também com duas nascentes de água pura, livres de qualquer resíduo ou poluente”, revela o fundador, destacando que tudo isso faz do local um ambiente propício para uma produção sustentável, que respeita a natureza, os animais e as pessoas.

Além de ser um projeto inovador e responsável, ele reforça que a Capriana também tem o propósito de ampliar o acesso a produtos derivados de leite de cabra. “Queremos revelar uma nova experiência de sabores, democratizando o queijo caprino”, afirma Maciel.

Segundo ele, foram investidos R$ 20 milhões na empresa para que ela chegasse onde está. “Nós nos definimos como uma agro-caprinocultura industrial, turística e gastronômica, que possui um processo produtivo em perfeito equilíbrio com a natureza. As práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) fazem parte do nosso DNA e todas as nossas ações são baseadas em um acordo saudável com o meio ambiente”, reforça o fundador da Capriana.

Ele lembra que todos os processos estão integrados de forma circular – do ecossistema da granja ao cuidado com os animais e com a produção de leite e derivados. “Usamos a tecnologia e a biotecnologia de forma racional, otimizando o aproveitamento de recursos e promovendo a autossuficiência. Tudo para gerar um impacto positivo em tudo que nos rodeia”, diz ele.

Hoje, a granja produz 800 litros de leite por dia, com mil animais. A expectativa do empresário é crescer em 50% a granja em 2023, atingindo a meta de 1.200 litros de leite por dia, com os mesmos mil animais. “Isso é possível elevando a qualidade e a produtividade. Estamos felizes por sermos considerados uma referência quando o assunto é sistema de produção sustentável de derivados de cabras”, finaliza ele.

 

(Com MGAPress)

(Liliane Dias/Sou Agro)

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