Exportação de carne congelada cresceu 28% no Porto de Paranaguá

Liliane Dias
Liliane Dias

No primeiro quadrimestre de 2023, o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) movimentou mais de US$ 2,23 bilhões de carne congelada para exportação. Os dados são do sistema de estatísticas Comex Stat e revelam um crescimento de 44% em comparação ao mesmo período do ano passado.

A carne congelada é a principal commodity de exportação da TCP, com movimentação de 38.235 contêineres no período. O número é 28% maior em relação aos quatro primeiros meses de 2022.

Deste total, a carne de frango corresponde a 80% da carga movimentada, sendo a TCP o maior corredor de exportação desse tipo de proteína no mundo. O principal destino é a Ásia, responsável pela compra de 66% do volume total.

De acordo com o gerente comercial, de logística e de atendimento ao cliente da TCP, Giovanni Guidolim, o motivo para o aumento da commodity é a estrutura do terminal, que conta com o maior pátio reefer (espaço adaptado para contêineres com controle de temperatura) do Brasil.

Guidolim explica que “estamos fazendo grandes investimentos na área reefer para suprir a crescente demanda do mercado. Até o final de 2023, o número de tomadas do pátio passará de 3.572 para 5.126, o que representa um aumento de 43% na capacidade de armazenamento desse tipo de carga. Também construímos uma subestação de energia para sustentar a expansão”.

A flexibilidade para receber antecipadamente o embarque de volumes reefer para exportação também é outra vantagem do terminal. Um dos estados beneficiados com a medida foi o Mato Grosso, maior produtor de carne bovina para exportação pelo Paraná (35%). Esta flexibilidade estimulou um crescimento de 137% na movimentação de carne bovina no primeiro quadrimestre deste ano na TCP.

A expectativa para os próximos meses é de crescimento, principalmente em relação à carne de boi. Segundo Giovanni, “com a habilitação de diversos frigoríficos para exportarem carne bovina para a China e o fim do embargo chinês para este tipo de carne, a expectativa é que aumente ainda mais a demanda pela proteína”.

 

(Assessoria TCP)

(Liliane Dias/Sou Agro)

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