Maior oferta em algumas regiões do país interfere no preço do boi gordo
#sou agro| Uma maior oferta de bovinos em algumas regiões do País vem interferindo no preço do boi gordo. No Paraná, a queda foi de 1,5% nos últimos sete dias. Na Bolsa Brasileira (B3), a redução foi maior, chegando a 2,5%.
Este é um dos assuntos tratados pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), no Boletim de Conjuntura Agropecuária, referente à semana de 14 a 21 de abril.
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Além da maior disponibilidade de animais para terminação, a proximidade com o inverno pode estar estimulando pecuaristas a venderem os rebanhos, preparando-se para o costumeiro aumento no custo de nutrição nesse período.
O levantamento feito pelos técnicos do Deral aponta que, no atacado, os cortes dianteiro e traseiro são comercializados, em média, a R$ 15,43 e R$ 23,40, respectivamente.
AVES – O boletim registra ainda o aumento em 16,8% no volume de carne de frango exportada pelo Brasil no primeiro trimestre de 2023, com pouco mais de 1,2 milhão de toneladas, e de 27,1% em faturamento, que chegou a US$ 1,9 bilhão.
Os dados do Sistema de Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio (Agrostat Brasil), do Ministério da Agricultura e Pecuária, apontam que o Paraná, maior produtor e exportador nacional, teve participação de 42,1% no volume enviado ao Exterior e de 38,5% na receita cambial.
SOJA E MILHO – Ainda em relação à exportação, o milho paranaense teve incremento de 360% no trimestre, o que representa volume de 1,19 milhão de toneladas embarcadas. No mesmo período do ano passado foram 260 mil toneladas. As exportações nacionais do produto aumentaram 178%, alcançando 9,78 milhões de toneladas.
No entanto, houve redução de 6% no volume nacional de exportação de soja. No Paraná, a queda foi mais acentuada, com redução de 22%. No campo, a colheita da soja chegou a 97%, enquanto a do milho primeira safra atingiu 82% da área total.
TRIGO E FEIJÃO – A semeadura do trigo chegou a 1% da área, impulsionada pelo volume de chuvas registrado no Estado. Ainda que os produtores tenham aumentado a área de plantio neste ano, há preocupação com a desvalorização do produto. A maioria das praças paranaenses trabalha com valores de R$ 77,00, que é 5% abaixo dos R$ 81,00 praticados há uma semana.
A área plantada de feijão na segunda safra no Paraná foi de 296 mil hectares, com produção estimada em 589 mil toneladas. Mesmo que a área tenha se reduzido em 12% comparativamente ao ano anterior, a produção prevista representa aumento de 5%.
FRUTICULTURA – O boletim do Deral discorre ainda sobre a cultura do kiwi, 25ª fruta mais produzida no mundo. Em 2020 foram colhidas 4,3 milhões de toneladas em 270,5 mil hectares, o que representa 0,5% das 971,5 milhões de toneladas da fruticultura mundial.
A China é o principal produtor, com 68,2% da área e 50,6% das colheitas. O Censo Agropecuário 2017, do IBGE, mostrou que a fruta foi cultivada em 422 hectares no Brasil, com 5,6 mil toneladas colhidas. No Paraná, nos últimos dez anos, a área gira em torno de 200 hectares, que resultam em 3 mil toneladas de frutas.
(Com AEN)