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Com IPCF em queda, produtores têm mais vantagens para compra de fertilizantes

Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino
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Com o IPCF (Índice de Poder de Compra de Fertilizantes) em queda, os produtores têm mais vantagens para comprar de fertilizantes.

O levantamento de março atingiu o menor nível dos últimos 21 meses: fechou em 0,97; ou seja, o momento é favorável para o produtor rural, já que quanto menor o IPCF, melhor é a relação de troca.

Seguindo a tendência dos meses anteriores, o fertilizante foi o fator que mais impactou na composição do índice, com queda média de 6% em comparação a fevereiro, liderada pelo cloreto de potássio e seguida pela ureia, fosfato monoamônico e superfosfato simples.

Em menor proporção, as commodities também registraram queda média de -3% em relação a fevereiro, refletindo a reação à safra recorde brasileira, e oferta de muito produto no mercado faz os preços diminuírem. A redução foi liderada pela soja, milho, algodão e cana-de-açúcar.

Em março, o mercado ficou na expectativa da entrada da Índia para a compra internacional de cloreto de potássio – o que aconteceu, de fato, no início de abril. A atenção do agronegócio está voltada para a safra brasileira de grãos, com colheita recorde se aproximando de 80% mostrando boas produtividades. Além disso, o mercado segue atento aos anúncios do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre a próxima safra americana, que pode vir a ser menor que a anterior.

Entendendo o IPCF

O IPCF é divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes e consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas. A metodologia consiste na comparação em relação à base de 2017, indicando que quanto menor a relação mais favorável o índice e melhor relação de troca. O cálculo do IPCF leva em consideração as principais lavouras brasileiras: soja, milho, açúcar, etanol e algodão.

 

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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