Sinais na granja: Frango com diarreia e penas arrepiadas pode indicar infecção

Fernanda Toigo

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Foto: Assessoria

A saúde do intestino do frango de corte está diretamente ligada ao crescimento, ganho de peso e capacidade do organismo de reagir a infecções. De acordo com Andressa Carla de Carvalho, coordenadora de produtos da MCassab Nutrição e Saúde Animal, quando o trato gastrointestinal é afetado, as aves tendem a comer menos, absorver mal os nutrientes e ficam mais vulneráveis a enfermidades. As mais frequentes são colibacilose e enterite necrótica, que provocam sérios prejuízos na produção avícola.

“Costumamos enxergar o intestino do frango apenas como um órgão digestivo, mas ele também é porta de entrada para diversas infecções. Quando está fragilizado, abre espaço para bactérias nocivas, com impacto direto na saúde e na produtividade das aves”, explica Andressa.

A colibacilose, causada pela bactéria Escherichia coli, pode provocar diarreia, dificuldade respiratória, penas arrepiadas e queda no desempenho zootécnico. Em quadros mais graves, a infecção se espalha pelo organismo, elevando os índices de mortalidade.

Já a enterite necrótica, associada à bactéria Clostridium perfringens, compromete partes do intestino, gerando fezes pastosas com odor desagradável e, muitas vezes, morte súbita sem sinais clínicos prévios.

“Essas enfermidades estão ligadas a desequilíbrios na microbiota intestinal. Quando há baixa diversidade de bactérias benéficas, as patogênicas se proliferam com mais facilidade. Isso pode ocorrer durante períodos de estresse, mudanças alimentares bruscas ou falhas no manejo”, alerta a especialista da MCassab.

A prevenção começa com a manutenção da integridade da parede intestinal, que atua como barreira contra microrganismos e toxinas. Quando essa barreira está comprometida, o intestino se torna mais permeável, favorecendo infecções e prejudicando a conversão alimentar. “Lesões na mucosa intestinal nem sempre são visíveis a olho nu, mas são suficientes para impactar o desempenho das aves”.

Como estratégia preventiva, soluções nutricionais vêm ganhando espaço nas granjas e com excelentes resultados. Uma delas é o uso da tributirina, substância que libera ácido butírico de forma gradual ao longo do trato gastrointestinal. Esse composto contribui para o equilíbrio da microbiota, promovendo o crescimento de bactérias benéficas e dificultando a ação de agentes patogênicos.

A atenção à saúde é essencial para manter o bom desenvolvimento das aves. “Ficar atento aos sinais e adotar medidas preventivas, além de boa alimentação ajuda o intestino a funcionar bem”, sinaliza Andressa. “Prevenir é sempre melhor do que o tratamento curativo — no caso das aves, isso significa mais saúde, melhor desempenho e menos perdas na criação”, finaliza.

(Fonte: Agência Texto)

Autor: Fernanda Toigo

Fernanda Toigo

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. Em 2010 iniciou carreira no telejornalismo, e segue em atuação. Desde 2023 integra a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.

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