De longe a presença é notável. O Purunã é literalmente um “Bicho do Paraná”. Estamos falando da primeira raça de bovino para corte desenvolvida no Paraná, a única criada por um centro estadual de pesquisa no Brasil.

O nome presta uma homenagem à Serra do Purunã, que separa o Primeiro do Segundo Planalto do Paraná e está situada não muito longe da Estação de Pesquisa Fazenda-Modelo, localizada em Ponta Grossa, local onde foram realizados todos os estudos, cruzamentos e seleções dos rebanhos que resultaram na nova raça.

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Uma mistura que combinou. Mas qual a origem? O Purunã é uma composição de outras raças, a seleção do que cada uma tem de melhor. O Purunã tem um pouco de Charolês,  principalmente a característica do rápido ganho de peso. Tem também um toque de Aberdeen Angus, e aqui falamos sobre a precocidade. Do Caracu e Canchim veio a rusticidade, tolerância ao calor e resistência a carrapatos. Foram quase quatro décadas de cruzamentos e seleções controladas.

Foi oficialmente reconhecida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em 2016, que também credenciou a Associação de Criadores de Purunã para fazer o controle genealógico, procedimento que atesta a origem dos animais, seus ascendentes e descendentes, e sua conformidade com os padrões zootécnicos da raça.

No setor pecuário do Show Rural, os bois Purunãs chamam atenção. Não há como passar despercebido. Na feira os animais da raça estão expostos em uma parceria do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná com a ABCP (Associação Brasileira de Criadores da Raça Purunã).

Em exposição no Show Rural, ao todo são 12 animais de criadores paranaenses. Aos poucos a raça se espalha e conquista a satisfação dos produtores que investem na novidade.

O Paraná ainda concentra 40% dos exemplares da raça, mas aos poucos, os Purunãs chegam às outras regiões do Brasil. A presença já se confirma nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Tocantins e Rondônia. São aproximadamente 12 mil animais registrados no território nacional, um crescimento contínuo e sólido.

(Com informações ABCP e AEN)

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Fernanda Toigo

Fernanda Toigo. Jornalista desde 2003, formada pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. Iniciou sua carreira em veículos de comunicação impressos, como o Jornal A Cidade e o Jornal do Oeste. Atuou na Assessoria de Comunicação para empresas e eventos, além de ter sido professora de Jornalismo Especializado na Fasul, em Toledo-PR. De 2010 a 2020, foi repórter da Catve, afiliada da TV Cultura em Cascavel-PR. Desde 2021, é jornalista da Tarobá, em Cascavel, onde atualmente exerce as funções de coordenadora de reportagem e apresentadora. Em 2023, integrou a equipe de Jornalismo do Portal Sou Agro. Possui forte relação com o Jornalismo especializado, com ênfase no setor do Agronegócio.