Foto: Divulgação Embrapa

Um brinde ao espumante brasileiro

Redação Sou Agro
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Foto: Divulgação Embrapa

Desde 2022, quando o registro foi publicado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), a primeira Denominação de Origem exclusiva de espumante do Brasil, a D.O. Altos de Pinto Bandeira já disponibilizou 500 mil garrafas do produto certificado que estão à disposição dos consumidores no mercado (clique aqui para saber mais).

Denominação de Origem Altos de Pinto Bandeira  é a primeira do tipo exclusiva para espumante do Novo Mundo do vinho, no qual se inscrevem países como Nova Zelândia, Estados Unidos, Argentina e Austrália. Ela fica no Rio Grande do Sul, e abrange 65 km² de área contínua, sendo 76% localizada no município de Pinto Bandeira, 19% em Farroupilha e 4% em Bento Gonçalves.

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Ela foi obtida por meio de um amplo trabalho técnico-científico de diferentes instituições lideradas pela Embrapa Uva e Vinho (RS), a exemplo de outras Indicações do vinho brasileiro, que é fundamental para cumprir as exigências para esse tipo de registro feito pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Mas não são apenas os espumantes da Denominação de Pinto Bandeira que são motivo de grande orgulho da indústria nacional de vinhos. Ainda em termos de Indicação Geográfica, a Indicação de Procedência Farroupilha, começou suas atividades em 2016 e até dezembro de 2024 já garantiu a certificação de mais de 11 milhões de, ou seja, uma média altíssima, superando 1,2 milhões de garrafas/ano. Desse total, cerca de 97% é de moscatel espumante.

Já o Vale dos Vinhedos, que foi a primeira região a obter o registro, já recomendou 19 milhões de garrafas com Indicação de Procedência (obtida em 2002) e 6 milhões com o selo da Denominação de Origem (2012), sendo que a participação dos espumantes gira em torno de 30% deste valor.

Além dos espumantes das Indicações Geográficas, rótulos de diversas vinícolas de diferentes regiões brasileiras oferecem ótimos produtos e que tem tido, por exemplo, reconhecimento através de premiações e medalhas em várias partes do mundo pelo alto e inquestionável padrão de qualidade do produto brasileiro, segundo acompanhamento da Associação Brasileira de Enologia (ABE), como recentemente na 29ª edição do 29º Catad’Or World Wine Awards, realizada em Moticello, no Chile, ou no 22º Effervescents du Monde, realizado de 26 a 29 de novembro no Château des Ravatys, em Saint Lager, na região vitivinícola da Borgonha.

A qualidade do espumante brasileiro pode ser atribuído ao trabalho de empresas de pesquisa como a Embrapa, aliado às condições brasileiras de solo e clima e a dedicação dos produtores e dos pesquisadores, que garantem que os consumidores possam escolher rótulos de vinícolas desde a tradicional Serra Gaúcha, ou ainda da IP Campanha Gaúcha e dos Campos de Cima da Serra ainda em solo gaúcho, ou escolher produtos elaborados em Santa Catarina, como os espumantes da IP Vinhos de Altitude de Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Brasília, Bahia e em Pernambuco (para saber mais clique aqui).

Uma taça à altura do conteúdo

Para valorizar o produto nacional, a ABE, a Embrapa Uva e Vinho e Cristaleria Strauss – hoje pertencente ao grupo Oxford Porcelanas, desenvolveram a “Taça Oficial do Espumante Brasileiro (TOEB)”, que é confeccionada artesanalmente, uma a uma, em fino cristal com 24% de chumbo (PbO) – considerado de alta pureza.

O que é a denominação de origem?

No Brasil, a denominação de origem (DO) e a indicação de procedência são as duas modalidades de Indicação Geográfica (IG). A Indicação de Procedência se aplica a produtos de regiões específicas que se tornaram conhecidas, renomadas. Já a denominação de origem se aplica a produtos de regiões específicas que apresentam qualidades ou características que são conferidas aos produtos pelo meio geográfico, incluídos os fatores naturais (clima, solo e relevo) e fatores humanos (sistemas de produção e elaboração, associados ao saber-fazer).

(Viviane Zanella, Embrapa Uva e Vinho)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)

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