Foto: Faep

Sistema FAEP inaugura usina solar

Redação Sou Agro
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Foto: Faep

O Sistema FAEP deu mais um exemplo de sustentabilidade. A entidade inaugurou, nesta quarta-feira (18), uma usina solar fotovoltaica em seu Centro de Treinamento Agropecuária (CTA) de Ibiporã, no Norte do Paraná. Com a geração própria, o conjunto tem potencial para reduzir as emissões de gás carbônico (CO2) em 18,2 toneladas por ano. Além desta, o Sistema FAEP já dispõe de uma usina fotovoltaica instalada no CTA de Assis Chateaubriand, na região Oeste.

A solenidade de inauguração contou com a presença do presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette, do diretor-financeiro da entidade, Paulo Buso, e do superintendente do SENAR-PR, Pedro Carmona, além de inúmeros presidentes de sindicatos rurais que integram o Núcleo de Sindicatos Rurais do Norte do Paraná (Nunorte).

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Além do aspecto ambiental, a nova usina também vai provocar economia aos cofres do Sistema FAEP. O conjunto de 220 painéis fotovoltaicos tem capacidade de gerar 181,8 mil quilowatts/hora (kHw/h) por ano. A energia produzida pela usina abastecerá o CTA de Ibiporã e também outras unidades do Sistema FAEP, inclusive na sede, em Curitiba. Com isso, a entidade garante sua autossuficiência energética, gerando uma economia de R$ 103 mil por ano.

Em seu discurso, Meneguette ressaltou que o incentivo às energias renováveis explicitam a preocupação do Sistema FAEP com o meio ambiente, unindo-se a outras ações de sustentabilidade deflagradas pela entidade nos últimos anos. O presidente interino do Sistema FAEP enfatizou a prioridade do setor agropecuário em preservar o meio ambiente.

Presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette

“Essa inauguração mostra que nós pensamos em capacitar o nosso produtor e também estamos preocupados com sustentabilidade. Apesar de narrativas contrárias, temos feito um trabalho exemplar. Temos que mostrar o que o agro faz”, disse. “Esses painéis solares cobrem toda a demanda do Sistema FAEP, mostrando que estamos preocupados com a redução de custos e melhoria do meio ambiente”, acrescentou.

Meneguette também lembrou que, em 2025, a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) completa 60 anos de fundação. Em razão disso, a entidade terá um calendário especial com ações de celebração. Por outro lado, o presidente interino prevê um ano difícil para o setor agropecuário, o que deve requerer uma união ainda maior de produtores rurais.

“Muitos trabalharam duro muitos anos para que a FAEP seja uma das maiores federações do país, seja por meio de sua atuação política ou a partir das capacitações”, destacou. “A nossa missão é árdua. Vamos ter que estar mais unidos para defender nossas pautas políticas, econômicas ou técnicas. A agro tem sido o alicerce da economia e somos merecedores de todos os créditos”, concluiu.

O superintendente do SENAR-PR chamou a atenção para a relação estreita que os produtores mantêm entre si. Ele, que por 15 anos atuou na Federação da Indústria do Estado do Paraná (Fiep), estabeleceu uma comparação, para explicar o porquê de a união no setor rural ser mais sólida.

Superintendente do SENAR-PR, Pedro Carmona

“O produtor rural é amigo do outro produtor rural. Ele não compete com o outro, que produz o mesmo. Quando é na indústria, eles trabalham como competidores”, disse Carmona. “O SENAR-PR é como uma escola. Existe para ajudar o produtor rural a aumentar seus conhecimentos. Nesse sentido, passamos a oferecer a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), para que o produtor possa aplicar esse conhecimento na gestão do seu negócio”, disse.

Vice-presidente do Nunorte e presidente do Sindicato Rural de Londrina, Edson Dornellas, também mencionou os desafios do setor agropecuário e a necessidade de, mesmo diante de dificuldades, o produtor rural apostar em inovação e sustentabilidade. “No meu sindicato, também coloquei que temos que ser sustentáveis. Nós temos que melhorar a cada ano”, resumiu.

Presidente do Sindicato Rural de Londrina, Edson Dornellas

Expansão renovável

Ao longo dos últimos sete anos, o Paraná deu um salto no uso de energias renováveis no campo. Em 2017, havia apenas 47 usinas instaladas em propriedades rurais do Estado – 40 fotovoltaicas e sete de biogás. Hoje, são mais de 31,5 mil usinas instaladas em propriedades rurais, com capacidade de gerar 682,9 mil quilowatts (kW) de potência.

Todo esse movimento conta com atuação decisiva do Sistema FAEP, para o qual a questão energética tem sido uma bandeira. Em 2017, a entidade organizou viagens técnicas, levando mais de 160 agricultores e pecuaristas para conhecer propriedades em países como Itália, Áustria e Alemanha, que utilizavam usinas solares e/ou de biogás.

 A partir das viagens internacionais, o Sistema FAEP promoveu um intenso trabalho de difusão de informações técnicas qualificadas aos produtores rurais sobre a adoção de sistemas de energias renováveis, por meio de eventos técnicos e palestras. Em 2022, por exemplo, foram promovidos seminários em cinco regiões do Estado, que tiveram a participação de mais de 600 pessoas.

Além disso, o Sistema FAEP lançou duas cartilhas sobre energias renováveis. Ambos os materiais trazem a síntese das legislações aplicadas ao tema e apresentam o funcionamento de sistemas fotovoltaicos e de biogás. As publicações também contemplam estudos de viabilidade técnica e financeira, estimando a necessidade de geração em propriedades modais voltadas à avicultura e à bovinocultura de leite, e calculando qual seria o payback – que é o tempo de retorno dos investimentos. Os materiais estão disponíveis, gratuitamente, na Biblioteca Virtual do site do Sistema FAEP/SENAR-PR.

O investimento na geração própria se justifica por inúmeros fatores. A energia elétrica é um dos principais insumos na produção agropecuária, principalmente em atividades como a avicultura, piscicultura e bovinocultura de leite. Além disso, ao longo dos últimos seis anos, o custo da energia no meio rural teve uma alta acentuada, em razão do fim de subsídios federais e da extinção do programa estadual Tarifa Rural Noturna – que previa a redução de 60% na energia consumida entre 21h e 6h, em propriedades rurais.

O CTA

Com área total de 35 hectares, o Centro de Treinamento Agropecuário de Ibiporã é um espaço de referência para capacitação e atualização de produtores rurais. A estrutura conta com alojamento e refeitório para 74 pessoas, sala de videoconferência e informática, além de auditório para 100 pessoas. Além disso, o CTA tem instalações completas para treinamentos e cursos diversos do catálogo do Sistema FAEP. Um dos espaços de destaque do centro de treinamento é a oficina-escola para os cursos de mecânica de tratores e soldador. O CTA também é referência em cursos de apicultura e de cozinha industrial.

Serviço

Centro de Treinamento Agropecuário de Ibiporã

Estrada da água Bonita S/N (estrada velha para Jataizinho) – Caixa Postal 1280

CEP 86200-000 Ibiporã – PR

WhatsApp (43) 98481-7029

(43) 3258-2533

ctaibi@senarpr.org.br

(Com FAEP)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)

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