AGRICULTURA
Produtores gaúchos financiaram mais de R$ 4,1 bilhões em tecnologias de baixa emissão de carbono
Desde a criação da linha de crédito Programa ABC Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC), os produtores rurais gaúchos já financiaram mais de R$ 4,1 bilhões, o que resultou em uma expansão de cerca de 1,27 milhões de hectares com tecnologias sustentáveis. Os dados foram divulgados pelo Comitê Gestor do Plano ABC+RS nesta sexta-feira (6/12), em nota técnica sobre a evolução dos financiamentos do ABC+ no Rio Grande do Sul, de 2011 a 2024.
O levantamento foi realizado com os contratos celebrados no âmbito do Pronaf ABC+, Proirriga e Renovagro. Para a safra 2023/2024, foram 6.128 contratos firmados no estado, com uma tomada de crédito recorde de R$ 1,47 bilhão, para aplicação de tecnologias de produção sustentável em mais de 259 mil hectares.
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Na linha Renovagro, destinada aos médios e grandes produtores, a área e o valor financiado foi mais do que o dobro em comparação ao ano safra 2022/2023. Já o número de contratos em relação ao último ano safra aumentou 16,5%.
“Os produtores gaúchos acessaram 15% dos recursos do ano safra 2023/2024 disponíveis a essa linha de crédito em nível nacional, enquanto no Proirriga, quase 20% dos recursos foram financiados por produtores do estado”, enumera a pesquisadora da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) Carolina Bremm.
A Pronaf ABC+, destinada à agricultura familiar, também registrou aumento de uma safra para outra. “O valor financiado pelos projetos aumentou cerca de 20%, enquanto que a área triplicou em comparação o ano safra 2022/2023. Com relação ao número de contratos, houve aumento de 13%”, detalha Carolina.
Para o coordenador do Plano ABC+RS, Jackson Brilhante, os resultados demonstram um aumento da adoção das tecnologias de agricultura de baixa emissão de carbono pelo produtor gaúcho, fazendo com que o Rio Grande do Sul se torne uma referência nacional.
“Entendemos que o crédito rural é uma importante ferramenta para estimular a adoção de tecnologias de produção sustentável pelos produtores. Por isso, deve ser cada vez mais estimulado pelos governos estadual e federal, para que se consiga contribuir com as metas de redução das emissões no setor agropecuário gaúcho e brasileiro”, conclui Brilhante.
(Por Elaine Pinto, Governo RS)