MERCADO
Exportação de carne bovina desacelera em dezembro, mas acumula crescimento robusto em 2024
Os dados parciais da exportação de carne bovina in natura do Brasil em dezembro de 2024 indicam uma desaceleração em comparação com o mesmo período de 2023. Nos primeiros 10 dias úteis do mês, foram embarcadas 89,33 mil toneladas, o que corresponde a 42,8% do total registrado em dezembro do ano passado, quando o volume exportado somou 208,44 mil toneladas em 20 dias úteis.
A média diária de embarques até o momento ficou em 8,93 mil toneladas, apresentando uma queda de 14,3% em relação à média diária de dezembro de 2023, que foi de 10,42 mil toneladas. Se o ritmo atual se mantiver, o mês de dezembro pode fechar com um volume inferior ao de dezembro do ano passado, o que representaria apenas a segunda queda mensal nas exportações de carne bovina em 2024.
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A primeira retração ocorreu em junho, quando os embarques totalizaram 192,54 mil toneladas, levemente abaixo das 193,69 mil toneladas registradas em junho de 2023. Apesar da queda observada em dezembro, o desempenho acumulado de 2024 nas exportações de carne bovina segue como um dos melhores da história. Até novembro, o Brasil exportou 2,34 milhões de toneladas de carne bovina in natura, um crescimento expressivo de 30,4% em relação ao mesmo período de 2023.
Esse desempenho reafirma o protagonismo brasileiro no mercado global de carne bovina e a competitividade do setor agropecuário, que tem conquistado novos mercados e ampliado sua participação nas exportações mundiais.
Outro ponto importante foi a valorização do preço médio de venda da carne bovina brasileira no mercado internacional. Em dezembro de 2024, o preço médio parcial ficou em US$ 4,90 por kg, representando um aumento de 7,9% em comparação com dezembro de 2023, quando o valor foi de US$ 4,54 por kg. Esse cenário positivo compensa, em parte, a queda nos volumes embarcados, garantindo bons resultados em receita para o setor.
Mesmo com oscilações pontuais em alguns meses, as exportações de carne bovina em 2024 reforçam a força do agronegócio brasileiro, especialmente no segmento de proteínas animais. A combinação de aumento de demanda global, investimentos em qualidade e maior eficiência produtiva tem colocado o Brasil na vanguarda do comércio internacional de carne bovina.
O resultado do acumulado do ano evidencia que o setor está preparado para enfrentar os desafios do mercado global, garantindo a oferta de carne de alta qualidade, com preços competitivos e uma logística cada vez mais eficiente. Com isso, o agronegócio brasileiro segue consolidando sua posição como motor da economia nacional e referência mundial no setor de exportações.
(Com Feagro)