AGRONEGÓCIO
Eleição de Trump abre janela de oportunidade para agro brasileiro
A confirmação da eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos deu uma chacoalhada no mercado. O dólar comercial terminou o dia em R$ 5,67 e o dólar turismo em R$ 5,90. A tendência ainda é de valorização.
A expectativa, diante dos discursos de Trump propagados ao longo da campanha é da implementação de uma política que deve enrijecer medidas para dificultar as regras do jogo para a China. Trump pretende agir de forma protecionista fomentando a industrialização e geração de emprego e diminuindo importações.
Prever cenários e tendências é crucial
Projeto utiliza rejeitos de mineração como insumos na agricultura
Este é apenas um dos pontos em que a China pode sair perdendo e tendo que rever a formatação de suas parcerias comerciais. E se os americanos rejeitarem o mercado, o Brasil se coloca no topo para abraçar um cliente em potencial. Em uma guerra comercial dos EUA com a China, o Brasil se mostra como um caminho frutífero e viável. Em em solo brasileiro que a China poderá buscar suprir a crescente demanda por alimentos e produtos agrícolas, particularmente soja e carne bovina.
A janela de oportunidade é real, mas para aproveitar o momento o Brasil precisa vencer desafios internos, entre eles, o investimento em infraestrutura e melhorias nos ambientes de negócios.
A relação comercial entre Brasil e Estados Unidos movimentou cerca de 36,9 bilhões de dólares em exportações brasileiras em 2023.
Um estudo divulgado pela Associação Nacional de Produtores de Milho (NCGA) e da Associação Americana de Soja (ASA) aponta que se a China, que hoje é a principal compradora da soja americana e um dos principais destinos do milho, cancelar a atual isenção de tarifas para a agricultura dos EUA, isso faria com que as exportações de soja dos EUA para o país asiático levassem uma queda de até 16 milhões de toneladas, o que equivale a mais de 50% do volume hoje. As exportações de milho cairiam outros de 84%, ou 2,2 milhões de toneladas. As perdas são ainda maiores se a China instituir novas tarifas retaliatórias em uma nova guerra comercial. (Com informações InvestNews)
O USDA já confirmou que o Brasil será responsável por quase 61% da participação no mercado mundial de exportação de soja até 2032. Mas com a imposição de novas tarifas de importação Estados Unidos, o número pode aumentar mais rapidamente,