Comissão local de mulheres transforma o Sindicato Rural de Rolândia
Quem conhece a realidade dos sindicatos rurais sabe que nem sempre é fácil manter as contas em dia e a as portas abertas para atender à classe produtora nos municípios. Episódios como o fim da contribuição sindical obrigatória e a pandemia de coronavírus deixaram ainda mais difícil a rotina das entidades. Nesse contexto de desafios que a médica veterinária e produtora rural Gayza Maria de Paula Iácono assumiu a presidência do Sindicato Rural de Rolândia, na região Norte do Estado.
“O sindicato estava passando por uma situação delicada. Quando assumi, em 2021, estava praticamente parado, trabalhando no vermelho. Não entrava dinheiro e a cada mês a folha de pagamento comia nossa reserva. Daquela maneira a previsão era fechar as portas em três anos”, relata a dirigente.
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Para buscar alternativas para continuar atuante, Gayza procurou orientação do Sistema FAEP. Por meio do Programa de Sustentabilidade Sindical (PSS), o Sindicato Rural de Rolândia recebeu o apoio necessário para elaborar um plano de ação voltado ao suporte da entidade. “Nesse plano identificamos a importância de trazer mais pessoas para dentro do sindicato”, resume a dirigente.
Uma das primeiras ideias para aumentar o número de associados foi a criação de uma comissão local de mulheres. O colegiado, montado oficialmente este ano, “causou uma reviravolta muito grande”.
Fizemos uma reunião de mobilização com as mulheres, trouxemos a coordenadora da Comissão Estadual de Mulheres da FAEP [CEMF] e montamos o nosso grupo. O objetivo é nos capacitar tecnicamente para ter informação política e representar a agricultura dentro da sociedade do município.
Gayza Maria de Paula Iácono, presidente do Sindicato Rural de Rolândia
De acordo com a dirigente, a criação da comissão oxigenou a entidade, trazendo melhorias. Além disso, o colegiado feminino tem ajudado a divulgar os cursos do Sistema FAEP, organizar eventos e levar a proposta do sindicato para um maior público.
“São mulheres comprometidas que entendem o trabalho do sindicato. Hoje fazemos parte de conselhos e entidades locais”, explica. “Antes da eleição, convidamos os candidatos a prefeito para ouvir nossa pauta. Passada a eleição, tivemos seis vereadores que deram apoio total ao sindicato. Estamos mostrando a importância que temos para o município”, analisa a presidente, que coloca na conta da comissão de mulheres os avanços conquistados este ano.
“Em 2024, tivemos novas adesões, algo excelente para uma entidade que estava perdendo associados. Também conseguimos equilibrar as contas e fechar no positivo, depois de dois anos no negativo”, comemora Gayza.
(Com FAEP)