Foto: Redes Sociais

Risco de tempo severo isolado menor depois da onda de tempestades

Redação Sou Agro
Redação Sou Agro

Estados do Sul e do Sudeste do Brasil enfrentaram uma onda de tempestades durante a sexta-feira com instabilidade intensa associada à formação de um ciclone extratropical no Uruguai e que determinou uma queda acentuada da pressão atmosférica em vários estados, criando as condições ideais para tempo severo.

No Sul do Brasil, vendavais com rajadas intensas causaram estragos nos três estados, especialmente em municípios do Rio Grande do Sul e do Paraná. Milhões de pessoas ficaram sem luz em alguns momento do dia e muitas ainda estão com o serviço ainda interrompido enquanto as concessionárias trabalham na recuperação da rede. No Sudeste do Brasil, os temporais com chuva forte e vendavais atingiram igualmente várias cidades.

Ventos quase passam de 100km/h e deixam marcas

Temporal deixa rastro de destruição em Empresas do Agro

O pior ocorreu no Rio de Janeiro, onde a tempestade deixou saldo de três mortos pelo desabamento de um muro numa obra da empresa local de saneamento. De acordo com dados de estações do Instituto Nacional de Meteorologia, a passagem da linha de instabilidade associada à formação do ciclone trouxe rajadas de vento no Sul do Brasil de 122 km/h em Erechim, 101 km/h em Laguna, 95 km/h em Ituporanga, 91 km/h em Cambará do Sul e Soledade, 90 km/h em Bento Gonçalves, 89 km/h em Curitibanos, 88 km/h em Dois Vizinhos, 87 km/h em São Vicente do Sul, 82 km/h em Laranjeiras do Sul, 81 km/h em Lagoa Vermelha e 80 km/h em Santa Maria, Canela e Planalto. Estação automática particular em Igrejinha, no Vale do Paranhana, acusou vento de 133 km/h. Em Santa Maria, a Força Aérea Brasileira reportou durante a manhã rajada de vento de 104 km/h na base aérea, no bairro Camobi.

No interior do estado de São Paulo, o vento chegou a 126 km/h em Ourinhos. No Rio de Janeiro, o vento no Aeroporto Internacional do Galeão teve rajada de 87 km/h. Estações automáticas do Instituto Nacional de Meteorologia registraram 86 km/h em Resende, 85 km/h em Seropédica e 84 km/h em Marambaia, na cidade do Rio de Janeiro.

O risco de temporais prosseguiu nesta sexta-feira, mas de forma mais isolada, em menos áreas e com menor severidade, em geral. O pior dia de tempo severo foi, tal como era alertado pela MetSul Meteorologia, a quinta-feira. O ciclone extratropical que se formou no Uruguai ontem está no começo desta sexta-feira sobre o Oceano Atlântico. Na manhã desta sexta, o sistema vai estar nas coordenadas 44ºW e 39ºS, a cerca de 700 quilômetros a Sudeste do Chuí em mar aberto. A pressão central do sistema será de 977 hPa, assim um ciclone extratropical intenso.

Imagem de satélite do final da madrugada desta sexta-feira com o ciclone no Atlântico e a frente fria se estendendo ao Sudeste do Brasil | METSUL

Associado ao ciclone extratropical, uma frente fria se estende pelo Oceano Atlântico e alcança até a costa do Sudeste do Brasil. Por isso, embora o tempo não firme e ainda chova hoje em pontos do Sul, o risco de tempo severo é baixo nesta sexta no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e a maior parte do Paraná. A frente fria na costa canaliza umidade da Amazônia entre o Centro-Oeste e o Sudeste do Brasil, o que faz com que estas duas regiões do Brasil sejam as de maior risco de chuva localmente forte e de temporais isolados no decorrer desta sexta-feira.

O cenário para o dia de hoje continua sendo de muito menor risco que o de ontem. A interação do ar tropical quente e úmido com a umidade canalizada pela frente fria na costa forma nuvens carregadas no decorrer do dia em estados do Centro-Oeste e do Sudeste, sobretudo da tarde para a noite. As nuvens provocam pancadas de chuva isoladas que, em alguns pontos, podem ser fortes e com temporal. No geral, contudo, o risco de tempo severo não é alto.

(Com METSUL e Ronaldo Coutinho)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)

Entre em um
dos grupos!

Mais Lidas

Notícias Relacionadas