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Produtores rurais realizam manifestação contra invasões de terras no Oeste do PR
O clima tenso no Oeste do Paraná, especialmente em Guaíra e Terra Roxa e a falta de respostas por parte do governo federal, resultaram em uma manifestação nesta manhã de sábado no município de Guaíra. Produtores rurais de toda a região se reuniram no centro da cidade onde realizaram uma passeata pacífica da prefeitura até a sede da Polícia Federal O objetivo foi chamar a atenção da população e principalmente das autoridades para o risco iminente de novas invasões e de violência que os produtores rurais estão enfrentando.
Vestindo roupas pretas e com bandeiras do Brasil nas mãos, os moradores pedem uma solução para o problema que se arrasta desde julho deste ano. Os agricultores de Guaíra e Terra Roxa vivem uma insegurança em relação às propriedades desde que as invasões por parte dos indígenas começaram em áreas produtivas.
A questão é discutida na Justiça, e o Governo Federal é o responsável pela condução e cumprimento de reintegrações de posse, por se tratar de uma região de faixa de fronteira. O governador do Paraná, Ratinho Junior, tem cobrado ações mais efetivas do governo federal, mas até momento, os pedidos parecem em vão. O governo do Paraná sugeriu assumir a segurança no local, mas também não chegou essa autorização.
Medidas urgentes são necessárias por conta de riscos de novos conflitos entre os indígenas e os produtores rurais. Na semana passada, um agricultor ficou gravemente ferido. Durante tentativas de plantio, ele e outras pessoas foram atacadas pelos supostos indígenas que invadiram parte da área.
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion, apresentou proposta para assegurar o devido processo legal nos processos administrativos de demarcação de terras indígenas. O texto destaca, entre outras medidas, que em casos de invasão por indígenas em áreas onde o processo demarcatório não foi finalizado, o poder público deverá indenizar o proprietário ou possuidor não-indígena da terra, por danos materiais e imateriais. Outro ponto de destaque no projeto é a suspensão do processo de demarcação enquanto houver ocupação irregular na área.