Carga com 50 aranhas vindas da Bélgica é interceptada pelo Ibama
Operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) resultou na apreensão de 50 aranhas da família Theraphosidae, conhecida popularmente como caranguejeiras.
A carga, proveniente da Bélgica, foi interceptada e estava escondida entre roupas infantis, brinquedos, materiais escolares e itens alimentares da bagagem de um brasileiro que chegava do país europeu.
Nova maltaria redesenha produção de cevada
Embrapa desenvolve sistema para produção de carne e soja
Denominada Operação Hermes, a ação ocorreu no Centro de Triagem Internacional dos Correios (Ceint), em São Paulo, e faz parte de um esforço contínuo do Ibama para combater o tráfico ilegal de animais silvestres, um crime que ameaça a biodiversidade e o patrimônio genético nacional.
O brasileiro responsável pela carga foi autuado e multado em R$ 12 mil por não possuir licença ambiental para a importação dos espécimes, conforme previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998) e no Decreto nº 6.514/2008. As aranhas apreendidas foram encaminhadas ao Laboratório de Coleções Zoológicas do Instituto Butantã (SP), onde serão analisadas e, possivelmente, incluídas em projetos de pesquisa científica.
Os agentes da Operação Hermes ressaltam que o transporte ilícito de espécies silvestres e exóticas tem por objetivo a criação doméstica ou a comercialização (em criadouros clandestinos). Entre os principais animais traficados ilegalmente estão invertebrados, ovos de aves e répteis, pequenos anfíbios e peixes. Produtos e subprodutos da fauna, como barbatanas de tubarão e bexigas natatórias de peixes também são de grande interesse dos traficantes.
De janeiro a outubro de 2024, a operação Hermes apreendeu, apenas em São Paulo, mais de 8.000 espécimes da fauna silvestre e exótica, além de subprodutos como 40kg de bexigas natatórias de peixes e 120kg de barbatanas de tubarão.
O tráfico ilegal de animais continua a ser um grande desafio no Brasil, tanto por sua abrangência quanto pelos danos ambientais causados. Para minimizar essa ameaça, o Ibama reforça a importância da conscientização da sociedade sobre o impacto do comércio ilegal de espécies, além de manter operações constantes em portos, aeroportos e recintos alfandegários.
(Assessoria de Comunicação do Ibama)