AGRONEGÓCIO
Propriedade se torna modelo de agricultura sustentável
O objetivo da família é tornar a propriedade ambientalmente sustentável. Para tanto, os Staub têm buscado conhecimento e investindo em agricultura de processos. Uma das preocupações dessa metodologia é manejar o solo de maneira conservacionista.
Eles participam de diversos cursos promovidos pela Epagri e parceiros. Um deles foi o de agricultura regenerativa, promovido em São Miguel do Oeste em 2023.
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A família também adquiriu um rolo acamador, que é uma máquina agrícola usada no manejo de plantas de cobertura. O equipamento foi comprado com apoio de políticas públicas implementadas pela Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária e executadas pela Epagri.
Dia de Campo
No dia 7 de agosto foi a vez de os Staub dividirem seus conhecimentos com mais de 50 agricultores da região. A propriedade da família sediou o Dia de Campo sobre Tecnologias de Produção de Grãos e Manejo de Plantas de Cobertura para Conservação do Solo, realizado pela Epagri.
Os participantes do evento conheceram tecnologias para altas produções de grãos e silagem. Ainda receberam informações sobre a cigarrinha-do-milho, praga que ataca esta cultura agrícola. O manejo de cobertura de inverno em pré-semeadura de grãos também foi abordado, assim como o manejo conservacionista para melhorar a qualidade do solo.
Clístenes Antônio Guadagnin é extensionista da Epagri na região e foi um dos instrutores do Dia de Campo. Ele falou sobre qualidade do solo. Segundo ele, avaliação realizada na propriedade mostrou que a família Staub realiza com eficiência os princípios da agricultura conservacionista. Isso inclui práticas como rotação de culturas e revolvimento mínimo do solo. Eles também mantêm o solo permanentemente coberto, tanto com plantas vivas como com palha.
Evolução constatada na prática
“Os participantes [do Dia de Campo] puderam verificar na prática a evolução de indicadores da qualidade do solo”, aponta Guadagnin. Foi possível constatar o excelente desenvolvimento das raízes, a ausência de compactação e de vestígios de erosão do solo.
Também foram identificados os diversos estágios de decomposição de resíduos vegetais, que estimulam a atividade biológica. Por fim, os visitantes conheceram os aspectos favoráveis à perfeita infiltração de água e trocas gasosas, através da avaliação do desenvolvimento da estrutura do solo.
Célio Air Mikulski, extensionista e líder na região do programa Grãos da Epagri, explica que a ideia é transformar a propriedade em uma Unidade de Referência Técnica (URT). URTs são propriedades selecionadas pela Epagri para implantar tecnologias. Depois, elas servirão de modelo para outras famílias agricultoras. No caso dos Staub, a propriedade terá foco em tecnologias sustentáveis. Vai apresentar aos agricultores insumos que aumentam produtividade e reduzem custos, como sementes mais adaptadas.
A Epagri e a Fundação Meridional estão acompanhando na propriedade dos Staub o desempenho de variedades de trigo desenvolvidas pela Embrapa e pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná.
(Com Epagri)