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Instrutor do Sistema FAEP participa de projeto para ajudar agropecuária do RS

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Redação Sou Agro
Redação Sou Agro

No dia 30 de julho, o instrutor do Sistema FAEP Leonardo Stalchmidt Schulze desembarcou em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com uma missão especial: ajudar produtores e trabalhadores rurais gaúchos afetados pelas enchentes que assolaram o Estado em abril deste ano. A iniciativa faz parte do Projeto SuperAção Agro Rio Grande do Sul, promovido pelo Sistema CNA/SENAR em parceria com a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e o SENAR-RS, com o objetivo de mitigar os impactos dos prejuízos causados à agropecuária local, mapeando os danos e apoiando a recuperação dos produtores rurais.

O paranaense faz parte da sexta turma que viajou ao Rio Grande do Sul, que também conta com instrutores e técnicos de campo do SENAR dos Estados de Goiás, Tocantins e Minas Gerais. Durante um mês, Schulze visitou municípios do Vale do Taquari, onde viviam mais de 43 mil produtores rurais. A região foi uma das mais atingidas pelas intensas chuvas, comprometendo atividades agropecuárias de grande relevância socioeconômica para o Estado gaúcho, como produção de grãos, leite, suínos e aves.

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“Tudo que eu vi por vídeo não se compara com a realidade. É perceptível que essa tragédia deixou marcas profundas nos produtores, mas eles continuam lutando. Apesar de tudo o que aconteceu, estão sempre sorridentes e agradecidos por terem saído com vida. Eles falam muito de esperança e da vontade de recomeçar”, conta Schulze.

Como uma das tarefas, o instrutor do Sistema FAEP realizou a coleta de amostras de solo nos municípios afetados, posteriormente enviadas para análise laboratorial na Universidade de Caxias do Sul (UCS). O objetivo é avaliar a extensão dos danos causados pelas enchentes e classificar os impactos para a recuperação das áreas atingidas. BI 1618 “Temos solos com grande depósito de areia, lodo e barro, áreas que foram extremamente lavadas e só sobrou a parte mais compacta do solo. Meu trabalho envolveu diferenciar a coleta para ajudar a determinar o que será necessário para corrigir cada situação”, explica.

O produtor Valdemar Fülben (à direita), de Estrela (RS), foi um dos assistidos pelo trabalho do instrutor Leonardo Schulze

Apesar do cenário atípico, esse tipo de trabalho já faz parte da vivência profissional de Schulze, formado em Agronomia. No entanto, ele destaca a chance de aplicar seu conhecimento técnico em prol de uma causa solidária.

“Surgiu essa oportunidade de fazer um trabalho que carrega o nome do Sistema FAEP, levando apoio de uma forma muito maior do que os próprios produtores poderiam imaginar”.

Leonardo Stalchmidt Schulze, instrutor do Sistema FAEP

Segundo o instrutor, a experiência vivida no Rio Grande do Sul trouxe impactos que vão além da sua carreira: ampliou suas perspectivas pessoais e deixou uma valiosa lição de vida. “O que motiva é a esperança das pessoas. Ver o pessoal se reconstruindo é um choque de realidade, permitindo perceber que os nossos problemas são pequenos”, relata Schulze, que pretende levar esses ensinamentos para os cursos do Sistema FAEP.

Materiais usados por Schulze para coleta de amostras de solo

(Com FAEP)

 

(Redação Sou Agro/Sou Agro)