Foto: Jonathan Campos/AEN

IFC Brasil 2024 vai debater momento positivo para a cadeia do pescado

Redação Sou Agro
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Foto: Jonathan Campos/AEN

As expectativas são positivas para o setor da aquicultura e da pesca, que vive uma década de crescimento na produção, no consumo e no comércio internacional. Este quadro representa boas oportunidades para o Brasil, o quarto maior produtor mundial de Tilápia, atrás apenas da China, da Indonésia e do Egito. Para se ter uma ideia, o Brasil produziu 1,7 milhão de toneladas na aquicultura e na pesca em 2023. Delas, 887 mil toneladas foram de peixes e 579 mil toneladas foram de Tilápia. Neste cenário, o Paraná é o maior produtor brasileiro, com uma produção de 209,5 mil toneladas no mesmo período.

O professor da Fundação Getúlio Vargas e ex-Ministro da Pesca, Altemir Gregolin, lembra que as exportações também vivem um bom momento. “As exportações da piscicultura atingiram 36 milhões de dólares no ano passado. Neste ano, até o mês de junho, já atingimos o valor de tudo que exportamos em 2023. É um crescimento impressionante”, diz o especialista lembrando que o Paraná é o maior exportador brasileiro de peixes cultivados.

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De acordo com ele, o Brasil tem uma oportunidade muito importante de expandir mercado diante da demanda mundial que é crescente. “Temos capacidade produtiva para atender esta demanda crescente. Aliado a isso, temo o fato de regiões tradicionais de produção no mundo, como o Sudeste Asiático, estar reduzindo o ritmo de crescimento da produção por desafios relacionados à sustentabilidade, matéria-prima para ração e áreas para expansão”, salientou reforçando que o comércio internacional do segmento teve alta de 19% em três anos, alcançando a marca de 195 bilhões de dólares e envolveu 230 países. “O comércio internacional de pescado é maior que o de todas as demais proteínas de origem animal juntas”.

Este cenário será debatido durante o maior evento da aquicultura da América Latina, o IFC Brasil 2024 (VI International Fish Congress & Fish Expo Brasil), que será realizado em Foz do Iguaçu a partir desta terça-feira, de 24 a 26 de setembro. Nesta semana, a cidade paranaense será a capital mundial da cadeia produtiva do pescado e vai reunir mais de 4.500 participantes com delegações de vários países, incluindo os maiores produtores do Brasil, do Chile, da Argentina e do Paraguai. O encontro reúne um congresso internacional com mais de 60 conferencistas vindos de 12 países, uma feira de negócios com mais de 150 empresas apoiadoras e uma rodada internacional de negócios. Para esta edição, o IFC Brasil 2024 vai reunir sete eventos simultâneos:

Congresso Internacional de Aquicultura:  O encontro vai debater algumas das questões mais relevantes da atualidade e traçar cenários para o setor. Entre os temas discutidos estão Economia Azul e o desenvolvimento sustentável para atender a demanda crescente, estratégias para consolidação das exportações brasileiras, acesso ao crédito e inovações do setor, entre vários outros assuntos.

Feira de Tecnologias e Negócios (VI Fish Expo): A última edição Fish Expo, no ano passado, atingiu a marca de R$ 180 milhões em negócios com uma feira de 150 empresas expositoras e patrocinadoras. “Desta forma, o IFC Brasil se consolidou como plataforma de lançamento para inovações e parcerias estratégicas no mercado global de pescado”, salientou a CEO do IFC Brasil, Eliana Panty.

2ª Aquacultura 4.0: Promovida pela Embrapa Pesca e Aquicultura e Embrapa Digital, a segunda edição do Fórum Aquicultura 4.0 debate tendências e oportunidades em aquicultura digital e de precisão voltadas também à agricultura familiar, startups e com participação de palestrantes do Chile e do Canadá.

2ª Rodada Internacional de Negócios: Realizada em parceria com a Apex Brasil e a Abipesca, a Rodada Internacional de Negócios, reúne empresas brasileiras da aquicultura com compradores internacionais. Na última edição, realizada no ano passado, teve seis compradores e 14 empresas vendedoras. Para este ano, importadores dos Estados Unidos, México e Oriente Médio já confirmaram participação.

Apresentação de Trabalhos Científicos: Organizada pela Unioeste e Unila, a apresentação dos Trabalhos Científicos atinge um novo recorde neste ano, com mais de 130 trabalhos inscritos. Em seis edições são mais de 550 trabalhos científicos que serão publicados em livro.

4ª Encontro Mulheres da Aquicultura: Com o com o tema Cooperativismo e Negócios, o objetivo é reunir mulheres que atuam na cadeia produtiva do pescado para debater desafios e oportunidades do segmento e o papel da liderança feminina no desenvolvimento do setor.


Workshop sobre Sistema de Recirculação de Água: Organizado em parceria com a empresa BluEco Net, a Unioeste e com o Ministério Federal da Educação e Pesquisa da Alemanha, este encontro vai debater os conceitos de RAS e sua aplicabilidade na indústria, especialmente devido à necessidade atual de produção de juvenis em sistemas intensivos.

Ritual do corte do atum
Um dos pontos altos do evento é o ritual do corte do atum que vai acontecer na terça, feira, a partir das 19h, no Maestra Grand Convention Center, Recanto Cataratas Thermas & Resort. Um cerimônia japonesa, terá um atum entre 70 e 90 quilos para fazer o corte com especialista em qualidade e ainda um sushi man.

Sobre o IFC Brasil
O IFC Brasil reúne todos os elos da cadeia produtiva para discutir os desafios e as oportunidades da cadeia do pescado e gerar negócios. O encontro congrega empresários, aquicultores, agentes dos mercados do varejo e food service, prestadores de serviços, fornecedores, dirigentes, profissionais do setor e formadores de opinião. Em sua sexta edição, o IFC Brasil é reconhecido por oferecer o melhor ambiente de negócios, debates e networking do setor.


Patrocínios e Apoios
O IFC Brasil é correalizado pela Fundep (Fundação de Apoio ao Ensino, Extensão, Pesquisa e Pós-graduação), Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), UFPR (Universidade Federal do Paraná) e a sua Fundação, a Funpar.


Patrocinam o IFC Brasil: CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Itaipu Binacional, Caixa Econômica Federal, MPA (Ministério da Pesca e Aquicultura), Governo Federal, Sanepar, Copel Energia, Governo do Paraná, Banco do Brasil, BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) e Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

Apoiam o IFC Brasil a APEX Brasil, ABIPESCA (Associação Brasileira das Indústrias de Pescados), PEIXE BR (Associação Brasileira da Piscicultura) e Unila (Universidade

(Redação Sou Agro/Sou Agro)

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