Expointer da retomada mostra força do agro gaúcho e fecha R$ 8,1 bilhões em negócios
A 47ª Expointer, considerada a Expointer da retomada, após a tragédia meteorológica, mostrou a resiliência e perseverança do Rio Grande do Sul ao bater recorde no volume de negócios. A feira movimentou R$ 8.100.265.792,24 em seus nove dias, número 1,41% superior ao registrado no ano de 2023.
O número de visitantes foi de 662 mil até as 10h30 de domingo (1º/9). As vendas e leilões de animais experimentaram um aumento de quase 50%, com R$ 18.985.280 comercializados. O Pavilhão da Agricultura Familiar registrou recorde de vendas, chegando a R$ 10.880.097, número superior em 25,44% ao do ano passado. O setor automobilístico também teve aumento de 25% no volume de vendas, ficando com R$ 592.045.000. Máquinas e Implementos Agrícolas registraram R$ 7,39 bilhões em intenções de negócios, 0,57% a mais que em 2023.
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O governador Eduardo Leite destacou a recuperação do setor agropecuário, que contribui para a reconstrução do Estado. “Os números por si só demonstram a importância da realização desta feira. Mas essa edição da Expointer tem um efeito moral no ânimo e na confiança da nossa população, que nos dá certeza de que estamos construindo um Estado ainda mais forte. Agradeço a todos os copromotores que se somaram na decisão do governo de realizar a feira, uma decisão tomada ainda no momento mais crítico da crise, e que mostra, diante desses resultados que alcançamos, a força e a fibra dos nossos produtores”, afirmou o governador Eduardo Leite.
O secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Clair Kuhn, apresentou os números da Expointer e destacou o movimento de superação que foi necessário para que ela se realizasse. “O local onde estamos agora estava completamente inundado quando resolvemos continuar planejando a Expointer. A sociedade gaúcha mostrou que esta é a feira da superação, uma extraordinária demonstração da força do Rio Grande do Sul”, disse. A próxima edição da Expointer já tem data definida: será de 30 de agosto a 7 de setembro de 2025.
O secretário de Desenvolvimento Rural, Vilson Covatti, destacou o perfil diversificado dos expositores desta edição do Pavilhão da Agricultura Familiar, que contou com 217 mulheres, 126 jovens e 69 estreantes entre os expositores. “Muitas das pessoas que estão aqui precisaram começar do zero, após grandes perdas causadas pelas enchentes. A inclusão, inovação e qualificação são os pilares que guiam a criação da agroindústria familiar gaúcha. Neste ano, celebramos 25 anos do pavilhão, um marco histórico, repleto de lançamentos que evidenciam a criatividade da nossa agroindústria familiar”, destacou Covatti.
A subsecretária do Parque de Exposições Assis Brasil, Elisabeth Cirne-Lima, ressaltou que os números apresentados são um testemunho do trabalho dedicado à realização de uma feira do porte da Expointer, logo após a tragédia meteorológica experimentada pelo Estado. “Os números falam por nós e mostram o que vemos, andando pelo Parque. Além do governo e dos copromotores, tivemos os parceiros de fora do Estado nos ajudando a fazer essa feira grande”.
Entidades copromotoras destacam superação
Domingos Velho Lopes, vice-presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul):
“Essa Expointer ficará na história porque tivemos números robustos. De 365 mil propriedades rurais, o Rio Grande do Sul teve 202 mil das propriedades afetadas pelas enchentes, e mesmo assim houve 40% de aumento na tomada de crédito”.
Eugênio Zanetti, vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS):
“Não tínhamos a expectativa de ser uma Expointer que quebrasse recordes, mas temos muito a agradecer. Para muitas agroindústrias familiares, a Expointer representa mais de 50% do faturamento de um ano inteiro. Conseguimos mostrar que temos a esperança nos olhos, que vamos sair dessa situação e recuperar nosso Estado da melhor forma possível”.
Marcos Tang, presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac) e representando a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC):
“Nós, criadores, entendemos e atendemos ao chamado, e viemos: com nosso investimento, trouxemos um pedaço de nossas propriedades para a Expointer e mostramos o que fazemos de melhor. Os números são bons porque temos garra para vencer”.
Tarciso Minetto, gerente de relações institucionais do Sistema da Organização das Cooperativas do Rio Grande do Sul e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado do Rio Grande do Sul – Ocergs-Sescoop/RS:
“Fizemos uma Expointer da superação, graças à articulação entre as entidades e confederações envolvidas em sua organização. No sistema, tivemos R$ 525 milhões de crédito entre os cooperados, número similar ao do ano passado, de R$ 530 milhões”.
Claudio Bier, presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers):
“Há 75 dias, tínhamos lama em grande parte do parque de máquinas. Conversei com colegas industriais para que, mesmo sem perspectiva de venda, viessem para a Expointer, porque precisamos dar apoio moral e levantar o nosso Estado. Sou um homem otimista, mas não imaginava que pudéssemos chegar onde chegamos”.
Leonardo Pascoal, prefeito de Esteio:
“Saímos com água na cintura deste parque há poucas semanas atrás. Só o fato de haver a Expointer já é motivo de alegria, imagina com esses números. Tivemos a criação de 2.231 empregos temporários dentro do Parque, é uma feira de oportunidades para todos”.
(Com Expointer)