FOTO: FAEP
AGRONEGÓCIO

Sistema FAEP ajuda produtora de leite a realizar sonho de infância

FOTO: FAEP
Redação Sou Agro
Redação Sou Agro

Quem vê a coleção de prêmios de Maristela Gaio, de 38 anos, em sua propriedade leiteira em São Jorge d’Oeste, no Sudoeste do Paraná, nem imagina que um dia produzir queijo de qualidade, para ela, era apenas um sonho. Esse desejo surgiu quando, ainda criança, entre suas brincadeiras, assava seu queijinho nas chamas diretamente na boca do fogão à lenha, na casa dos pais. Maristela cresceu, a família se mudou para a cidade, mas o projeto de produzir um queijo como aquele, que comia quando era menina, permaneceu.

Mesmo morando na cidade, o destino levou Maristela a conhecer Edilson Gaio, agricultor e morador da área rural do município. Logo se casaram e fixaram residência no sítio, onde havia algumas vacas e uma produção de leite que precisava de uma revitalização. Ela não pensou duas vezes: procurou o Sistema FAEP e começou a fazer um curso atrás do outro, perdendo as contas de quantos treinamentos já concluiu.

Agricultores familiares conhecem alternativas sustentáveis

Fundetec leva tecnologia e inovação ao Show Rural

Desse primeiro movimento até hoje, foram 18 anos de uma trajetória de perseverança, afinal os prêmios aos seus queijos começaram a chegar há apenas cinco anos.

“Desde o início, começamos a trabalhar a parte de genética, colocando em prática o conhecimento repassado nos cursos. Depois, comecei a levar os animais em exposições. Com nossas vacas, chegamos a conquistar títulos de grande campeã e de melhor vaca de exposições. Sempre com aquele objetivo de melhorar o plantel para fazer queijo”. Maristela Gaio, produtora rural e queijeira em São Jorge d’Oeste

Persistência queijeira

Mesmo com alguns técnicos insistindo para Maristela confinar o plantel, ela seguiu o trabalho de seleção genética para que os animais fossem voltados à alimentação a pasto. Esse tipo de manejo confere ao queijo uma característica diferenciada. Enquanto isso, a produtora fazia queijos coloniais de forma artesanal para o consumo próprio, até que ganhou a primeira medalha nacional, em 2019. A pecuarista continuou se especializando até se sentir segura para fazer o investimento de R$ 100 mil em uma pequena queijaria profissionalizada – inaugurada em 2022.

De lá para cá, mais prêmios conquistados. Em 2023, com o queijo colonial trufado de doce de leite, com o qual levou a medalha de prata no Prêmio Queijos Paraná, promovido pelo Sistema FAEP. Em 2024, em um concurso regional realizado na feira Expobel, em Francisco Beltrão, foram duas premiações: segundo lugar no queijo colonial e quarto lugar com o queijo colonial amanteigado. No Mundial do Queijo, realizado em São Paulo neste ano, veio a coroação definitiva, com duas medalhas super ouro – a premiação máxima do concurso – para os queijos colonial tradicional e colonial amanteigado.

Planos futuros

Nos 30 hectares da propriedade de Maristela e Adilson, onde moram também as filhas Laura e Luiza, 40 vacas em lactação produzem 600 litros de leite por dia. São processados apenas 500 litros por semana no laticínio próprio, sendo o restante comercializado a uma agroindústria da região. A perspectiva, porém, é de manter o crescimento da queijaria até o ponto de usar todo o leite na produção de queijo e outros derivados, como doce de leite, ricota, iogurte e até mesmo o leite fluido processado.

Maristela compartilha que, há pouco tempo, nasceu um outro sonho empreendedor. Ela quer começar a explorar o potencial de turismo rural da propriedade. Os investimentos para ter um espaço onde servir refeições já começaram e, com o passar do tempo, ela deve viabilizar também um local voltado à hospedagem.

“Estamos implantando um espaço para um café da roça na casa antiga dos meus sogros, onde vamos montar também uma loja. No futuro, a ideia é colocar umas cabanas para que possamos receber hóspedes”, projeta.

(Com FAEP)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)