Tratoraço, em Porto Alegre, reuniu mais de 300 veículos | Foto: Camila Cunha
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Mobilizações de agricultores crescem no interior do RS

Tratoraço, em Porto Alegre, reuniu mais de 300 veículos | Foto: Camila Cunha
Redação Sou Agro
Redação Sou Agro

Mobilizações de agricultores em diversos municípios do interior ganham força nesta segunda-feira no Estado. Após o tratoraço, realizado em Porto Alegre, na última quinta-feira, 8, os produtores intensificam a pressão por uma solução do governo ao alto endividamento acumulado pelas safras impactadas pelas estiagens e enchentes desde 2021.

As ações são lideradas pelos grupos regionais do SOS Agro RS e devem ocorrer em todos os municípios com estado de emergência ou de calamidade reconhecidos pelo governo federal nas enchentes de maio.

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“A ideia é ter, para amanhã, cerca de 300 mobilizações no Interior para que possamos mostrar a real situação dos agricultores gaúchos”, projeta um dos coordenadores do SOS Atro RS, Lucas Scheffer.

Concentrações são vistas em algumas rodovias, principalmente da Metade Sul do Estado, desde o final de semana. Na BR-116, em Arroio Grande, os agricultores interrompiam o fluxo a cada 15 min para distribuir panfletos e conscientizar a população local sobre os impactos do endividamento rural na produção e no preço dos alimentos.

Produtores e tratores também ocupam imediações de agências bancárias ou de prefeituras. As mobilizações serão mantidas, pelo menos, até esta terça-feira, 13, quando líderes do SOS Agro RS participam de audiência pública na Câmara dos Deputados, às 10h.

O grupo estará representado por Scheffer e pela também coordenadora Graziele de Camargo. Juntamente como o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, e da Fetag, Carlos Joel da Silva, o SOS Agro RS terá um momento de fala na Comissão Externa criada para tratar das consequências da enchente no RS.

“Não temos nada que diga que o prazo de suspensão para pagamento das dívidas acumuladas vai além de 15 de agosto. As emedas que deputados e senadores mandaram para a Medida Provisória (que atenua o endividamento rural) também estão paradas”, lembra Scheffer.

(Com Correio do Povo)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)