Implosão colocou abaixo parte da estrutura do silo - Foto Gerson Lopes/ON
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Implosão de estrutura de Companhia de Silos exigiu evacuação de moradores próximos

Implosão colocou abaixo parte da estrutura do silo - Foto Gerson Lopes/ON
Redação Sou Agro
Redação Sou Agro

O domingo de Dia dos Pais amanheceu movimentado em Passo Fundo (RS) com a expectativa de implosão do silo da antiga Cesa. Como previsto, pontualmente às 9h, o equipamento foi acionado e uma sequência de aproximadamente 900 detonações colocou abaixo parcialmente a estrutura de concreto e aço. O prédio no centro ficou completamente destruído. Já as duas torres dos silos permaneceram em pé. Os técnicos utilizaram aproximadamente 130 quilos de explosivos.

Responsável técnico pela operação, Jorge Diniz Dias, o Manezinho da Implosão, como é conhecido, já havia alertado sobre a possibilidade de a estrutura ‘sentar’ jargão usado entre os técnicos da área, sem ser demolida por completo.

“Do ponto de vista da segurança, sinalizamos de que não havia riscos, e realmente tudo correu dentro do esperado. Quero destacar o ótimo trabalho feito pela Defesa Civil. Ao mesmo tempo, classificamos a operação com o grau 8, numa escala de 5 a 10, porque silo é sempre a estrutura mais difícil de implodir, e aqui não foi diferente. O resultado não frustrou a expectativa da equipe, sempre trabalhamos com essa possibilidade”, afirmou.

A segunda etapa da demolição será feita com uso de máquinas e equipamentos. O prazo é de aproximadamente um mês.

Movimentação começou cedo

O dia ainda estava escuro quando as primeiras equipes da Defesa Civil chegaram ao local para montar a estrutura de segurança. Segundo o coordenador do órgão, Carlos Fernando Bicca, cerca de 90 voluntários, divididos em nove equipes atuaram durante a operação. A principal missão era se certificar de que todos os moradores, cujas casas estavam no raio de 200 metros, evacuassem a área, levando seus animais de estimação.

O trânsito da Avenida Brasil, naquele trecho permaneceu bloqueado até o final dos trabalhos.

Mesmo morando em outro bairro da cidade, Salete Zardo Eber, 58 anos, precisou ir até o local para retirar a Pantera, uma gata de estimação, que fica na empresa da família, localizada nas imediações.

Os cerca de 450 moradores foram recepcionados em uma estrutura montada no Parque Linear do Sétimo Céu, com tendas de lanches e personagens infantis para as crianças.

Instalação dos sismógrafos

Cinco funcionários da empresa Projemine Engenharia, de Carlos Barbosa, também enfrentaram a geada, logo cedo, para instalar sete sismógrafos em pontos definidos pela equipe técnica. O equipamento tem a função de medir a vibração e o ruído gerado durante a implosão

(Com O Nacional)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)