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Boletim de Monitoramento do Clima aponta aumento da seca em MS

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Redação Sou Agro
Redação Sou Agro

O Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul), em colaboração com o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), divulgou o boletim de monitoramento das secas referente ao mês de julho de 2024. O documento, que faz parte da edição de número 08/2024, revela um agravamento das condições de seca no estado, especialmente nas regiões centro-norte, pantaneira, norte e nordeste.

Conforme o boletim, durante o mês de julho, o acumulado de chuvas em grande parte do estado foi significativamente abaixo da média histórica. Os valores variaram entre 0 e 15 mm em diversas regiões, como o centro-norte e o Pantanal. No entanto, o extremo sul do estado registrou precipitações acima da média, com acumulados entre 45 e 90 milímetros. A maioria dos municípios enfrentou mais de 25 a 30 dias sem chuvas significativas.

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Entre os municípios monitorados, Iguatemi se destacou por registrar o maior volume de precipitação, com 86 mm, ainda que esse valor represente uma queda de 58% em relação à média histórica. Em contraste, mais da metade dos municípios analisados tiveram chuvas inferiores a 10 milímetros. Dos 45 municípios monitorados, 31 apresentaram chuvas muito abaixo da média histórica, enquanto 14 registraram chuvas acima do esperado.

O mês de julho também foi marcado por extremos climáticos em Mato Grosso do Sul. A menor temperatura registrada foi de 1°C em Iguatemi, no dia 1º de julho, enquanto a maior temperatura atingiu 38°C em Corumbá, no dia 28. Além disso, a umidade relativa do ar caiu para 13% em várias localidades, como Água Clara e Sonora, entre os dias 27 e 29 de julho. Corumbá registrou a maior rajada de vento, com 55,4 km/h, no dia 6 de julho.

O Índice Padronizado de Precipitação (SPI) para o mês de julho indica a intensificação das condições de seca em Mato Grosso do Sul, especialmente nas regiões leste, norte, central, pantaneira e bolsão.

Com relação ao monitoramento dos rios do Estado, todas as estações registraram precipitações abaixo da média histórica. Estações como São José do Piquiri e Pousada Taiamã não registraram chuva, enquanto outras, como Ladário e Miranda, registraram menos de 1 mm de precipitação. Os níveis dos rios também estão preocupantes, com algumas estações, como Ladário e Porto Murtinho, apresentando os menores níveis desde 1971.

A previsão para o trimestre setembro-outubro-novembro de 2024 indica tendência de precipitações abaixo da média em grande parte do Estado, com exceção do extremo sul, onde as chuvas devem permanecer dentro da média histórica. A previsão também aponta para um trimestre mais quente que o normal, com temperaturas acima da média histórica em todo o Mato Grosso do Sul.

(Com Semadesc)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)