No escuro e com prejuízos, produtores gaúchos organizam paralização em massa

O prazo estipulado pelos produtores gaúchos para uma resposta do governo sobre medidas de urgência em apoio ao setor arrasado pelas enchentes terminou hoje. As reivindicações foram entregues ao Ministério da Agricultura, mas diante do silêncio, o agro prepara uma nova manifestação com potencial para reunir 10 mil famílias no Parque da Expoagro Afubra, em Rio Pardo (RS), na próxima sexta-feira (19).

A situação é de desespero. O encontro anterior aconteceu em Cachoeira do Sul, no dia 04 de julho. Durante o evento a carta de reivindicações foi redigida. O Ministério da Agricultura informou que está sendo feito um diagnóstico da situação do estado e as medidas não virão de forma homogênea. Recursos serão destinados conforme cada nível de perdas”.

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As chuvas no Rio Grande do Sul provocaram perdas de R$ 3,372 bilhões para a agropecuária gaúcha. Em muitas regiões, em função de umidade e perdas em solo, produtores estão desistindo de plantar trigo neste ciclo. Os produtores estão sem perspectivas.

O leite é outro setor delicado. O gado precisa de alimento e a perda da silagem já estocada resultou em aumento nos custos.

A produtora rural, Luciane Agazzi, ressaltou a importância da mobilização. “Nós precisamos dos produtores rurais, pois por muito tempo nós giramos a economia e também colocamos de forma direta e indireta comida na mesa de muitas famílias. Nós estamos precisando de apoio das empresas e cooperativas”, informou.

Pedidos

Prorrogação das dívidas por quinze anos, com carência de três anos e juros de 3% ao ano.

Crédito para reconstrução, reinvestimento e giro nas propriedades

Revisão do seguro agrícola com aumento da subvenção para os seguros, permitindo assim aumentar o nível de cobertura mínima para 35 sacas, tendo em vista que o custo das lavouras aumentou.

Voltar as normas do Proagro nas condições anteriores, sem considerar a classificação física do solo