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Paraná perde R$ 1,6 bi/ano por falta de infraestrutura ao setor produtivo

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Redação Sou Agro
Redação Sou Agro

Um estudo feito a pedido da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) com o objetivo de traçar o cenário atual do transporte de cargas no Paraná e as perspectivas de crescimento nos próximos anos foi apresentado, na tarde dessa segunda-feira (29/07), na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, durante a 16º Reunião Ordinária da Diretoria da Ocepar e 5ª Reunião Ordinária da Fecoopar – gestão 2024-2027.

Para tratar sobre o tema, estiveram presentes o presidente da Fiep, Edson Vasconcelos, que estava acompanhado do superintendente João Arthur Mohr e do consultor internacional de Logística, Luiz Henrique Dividino, responsável pela elaboração do documento. A explanação foi acompanhada pela superintendente do Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), Tania Zanella, e pelo presidente do Sistema Ocesc (Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina), Vanir Zanatta.

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De acordo com o levantamento, o Paraná adicionaria cerca de R$ 1,6 bilhão a sua economia anualmente se as condições de infraestrutura do Estado fossem adequadas para atender com eficiência a demanda do setor produtivo.

O estudo mostra ainda que, atualmente, o produtor paranaense gasta cerca de US$ 97 para exportar uma carga de 1 tonelada para a Ásia – um dos principais mercados dos produtos paranaenses. Desse valor, 62% referem-se ao custo logístico interno, para levar essa carga do interior até os portos, enquanto os outros 38% são do transporte do porto até a Ásia.

 

O documento mostra que os gargalos enfrentados atualmente pelo setor produtivo no transporte de cargas devem contemplar melhorias nos três modais simultaneamente: portuário, rodoviário e ferroviário. Segundo o estudo encomendado pela Fiep, se o Paraná possuísse uma logística de transporte intermodal eficiente, os custos para exportar essa mesma carga cairia para US$ 82.

Levando em conta o montante total exportado pelo estado por meio do Porto de Paranaguá em 2023, a economia gerada por essa melhoria na infraestrutura poderia chegar a praticamente R$ 1,6 bilhão ao ano.

“Nós estamos fazendo um diagnóstico sobre a situação da infraestrutura no Estado e o primeiro passo é saber exatamente onde estamos, identificar em que áreas estão os problemas. Isso foi somado a um prognóstico muito claro. As cooperativas estão projetando dobrar o seu crescimento até 2030. Nas reuniões que fizemos com embarcadores, mas de outros segmentos da indústria, eles também afirmaram que estão planejamento crescer. Todos estão dizendo que querem duplicar de tamanho até 2030. Então, há uma necessidade de falarmos aos nossos governantes que nós temos uma caminhada de longo e médio prazos. Não importa como chegamos aqui. Nós temos que levar uma mensagem clara que queremos crescer e, portanto, necessitamos subir de nível. Nesse sentido, esse alinhamento entre o setor produtivo é fundamental”, disse Vasconcelos.

Ele explicou que a iniciativa teve como origem duas reuniões ocorridas no mês de abril com lideranças da indústria paranaense, visando debater os gargalos enfrentados nos portos paranaenses e, na sequência, os acessos existentes para realizar o embarque das cargas. “Mais de 200 embarcadores participaram dessas reuniões e, a partir daí, nós firmamos um compromisso de contratar um estudo que nos trouxesse uma visão mais executiva sobre o tema. O Dividino foi contratado para fazer esse inventário, que traz uma base estatística real daquilo que está acontecendo. Nós nunca tínhamos feito um trabalho de interface do modais, com a proposta de soluções entre eles”, acrescentou. Vasconcelos informou ainda que o documento será apresentado nesta terça-feira (30/07) ao Ministério da Infraestrutura.

Outros temas

Na reunião das Diretoria da Ocepar e da Fecoopar também foram debatidos temas como a votação do Projeto de Lei 68/2024, que trata sobre a Reforma Tributária, com a participação dos deputados federais paranaenses Pedro Lupion e Sérgio Souza, as principais medidas anunciadas para o Plano Safra 2024/25, os focos de Newcastle ocorridos recentemente no Brasil, entre outros itens.

(Com Assessoria Ocepar)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)