Chile comprou neste ano US$ 102,5 milhões em produtos como carnes e farelo de soja
Destino de carne bovina e de aves, além de farelo de soja e alimentos para animais, o Chile estreita cada vez mais as relações comerciais com Mato Grosso do Sul com a proximidade da concretização da Rota Bioceânica. No ano passado as exportações de Mato Grosso do Sul para o Chile somaram aproximadamente US$ 194,7 milhões. No primeiro semestre deste ano, esse valor foi de cerca de US$ 102,5 milhões. Os dados são da Coordenadoria de Estatística e Economia da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
Esta forte parceria comercial ficou evidenciada na quarta-feira (9), durante o evento Tarapacá Day, organizado pelo Governo Regional de Tarapacá, Chile, no hotel Deville, em Campo Grande. O encontro estratégico visa divulgar as oportunidades de negócios e desenvolvimento do norte chileno, focando na integração econômica com Campo Grande e a região Centro-Oeste do Brasil.
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Representantes da Zona Franca de Iquique (ZOFRI), da Empresa Portuária de Iquique (EPI) e da Embaixada do Brasil no Chile participaram do evento, que celebra o primeiro ano da inauguração do escritório da Corporação de Desenvolvimento de Tarapacá em Campo Grande.
Tarapacá, com sua capital Iquique, destaca-se como um hub logístico internacional, com infraestrutura portuária e uma Zona Franca que facilita o comércio de produtos industrializados e tecnológicos, reforçando a conexão entre a América Latina e o mercado Ásia-Pacífico.
“Tarapacá tem demonstrado um posicionamento estratégico importante entendendo que ele tem um papel fundamental neste acesso do Brasil, Paraguai e Argentina aos portos chilenos e consequentemente aos mercados asiáticos”, salientou o secretário de Estado, Desenvolvimento, Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) Jaime Verruck, que hoje esteve juntamente com o governador do Estado, Eduardo Riedel, prestigiando o evento.
Verruck destacou que o que os chilenos estão trazendo hoje a possibilidade de negócios por meio da Zona Franca de Iquique, mostrando os investimentos que eles vão fazer para se adequar a abertura da Rota. “A estrutura portuária deles hoje não comportaria a ampliação de cargas. Então eles estão trazendo a sinalização de um novo porto, novas estruturas portuárias, para que o empresário brasileiro possa entender a importãncia dessas atividades lá”, enfatizou.
Ele frisa que o Governo de Tarapacá está muito comprometido com o projeto da Rota. “Eles estão muito embuídos, entendendo o papel de que, por ser a ponta do Corredor, não pode ter gargalos”, acrescentou.
Comércio exterior
Os principais produtos exportados pelo Mato Grosso do Sul paara o Chile são carne bovina fresca, refrigerada ou congelada, com um valor de US$ 89,2 milhões, representa a maior parte das exportações (87,05% em participação); carnes de aves e miudezas que contribuem com US$ 7,9 milhões, ocupando 7,74% de participação.
Os farelos de soja de soja e alimentos para animais tiveram participação de US$ 1,7 milhão e representam 1,67% de participação. Outros produtos notáveis incluem gorduras e óleos vegetais (US$ 1,1 milhão), produtos comestíveis preparados (US$ 1 milhão), soja (US$ 0,34 milhão), milho não moído (US$ 0,2 milhão), ovos de aves (US$ 0,17 milhão) e animais vivos (US$ 0,07 milhão). Já nas importações, Mato Grosso do Sul comprou do Chile aproximadamente US$ 183,4 milhões em 2023.No primeiro semestre de 2024, o valor das importações foi de cerca de US$ 83,5 milhões.
Os principais produtos importados são cobre com US$ 73,8 milhões, e a maior parte das importações (88,33% em participação); outros minérios e concentrados de Metais de Base, que representam US$ 7,2 milhões e ocupam 8,56% de participação; álcoois, Fenóis e Derivados no montante de US$ 2,4 milhões, com uma participação de 2,85%.
Outros produtos incluem filés ou outras carnes de peixes (US$ 0,19 milhão) e frutas e nozes frescas ou secas (US$ 0,02 milhão).
(Com Semadesc)