AGRONEGÓCIO
Produtores gaúchos gritam por socorro em protestos pelo estado
No Rio Grande do Sul os produtores rurais protestam contra as falhas do Governo Federal em relação a ausência de medidas em benefício do setor após a tragédia climática. A manifestação está presente em várias rodovias do estado. Máquinas agrícolas foram estacionadas às margens das estradas com o intuito de chamar a atenção para o momento crítico do agro no Estado.
Os produtores rurais reivindicam o pronunciamento com anúncios concretos por parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), apresentou no início de maio uma lista com as principais demandas. A manifestação se concentrou na rodovia entre Pelotas a Quaraí, passando por Bagé e Santana do Livramento. Nesta região, segundo a Farsul, quando a enchente ocorreu, 30% das lavouras estavam para ser colhidas.
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O movimento já prepara um plano B. Se nenhuma medida foi anunciada, um encontro será realizado no dia 4 de julho, no Ginásio da Fenarroz, para alinhar a estratégia para que as reivindicações sejam acatadas.
Propostas
- Prorrogação de parcelas: custeio, investimento e comercialização, independentemente da fonte dos recursos.
- Crédito reconstrução: focado em reinvestimento e capital de giro.
- Crédito reinvestimento: para reconstrução da estrutura produtiva, incluindo bens de capital e infraestrutura de apoio à produção.
- Crédito giro: destinado à redução da alavancagem com credores e custeio da próxima safra.
- Critérios de enquadramento: simplificados, para produtores rurais em municípios afetados por inundações com decreto de emergência ou calamidade pública.
Embora o ministro Carlos Fávaro tenha se colocado à disposição do setor produtivo, reconhecendo a necessidade de simplificar leis e linhas de financiamento, os produtores esperam mais. Desejam não só propostas, mas avanços de fato para a reconstrução do setor agropecuário no Estado.
A Farsul atua na linha de frente, na defesa dos produtores rurais. O presidente da Farsul, Gedeão Pereira, destacou que este não é um momento para ideologias e sim para unir forças e reconstruir o que foi perdido.