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Barragem rompe e vice-governador alerta: “Não é para esperar, saiam de casa”

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Redação Sou Agro
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Na Serra Gaúcha a Barragem 14 de julho colapsou. A informação foi confirmada pelo prefeito e Bento Gonçalves, Diogo Segabinazzi Siqueira. O apelo na tarde desta quinta-feira (02) era para que a população saísse o mais rápido possível de suas casas. A expectativa até então era de que o rio subisse de 2 a 4 metros.

O Governo do Estado do Rio Grande do Sul confirmou o rompimento da barragem. O vice-governador, Gabriel Souza, reforçou que a população que mora em áreas de risco precisa sair de casa. “Qual é a orientação imediata: Não é para esperar, não é para perguntar se é verdade, porque estou dizendo para vocês com a máxima gravidade que posso lhes dizer. Saiam de casa e subam, além do que já está colocado os rios, seis metros acima. Pelo menos seis metros acima. Saiam das zonas abaixo dessa cota, porque realmente a situação é gravíssima, muito séria, e precisamos que todos, imediatamente, sigam essa orientação, sob penas de perdermos muitas vidas.”

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Moradores dos municípios de Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encantado, Colinas e Lajeado receberam ordens expressas para deixar áreas de risco. A Defesa Civil afirmou que trabalha na retirada de famílias de áreas de risco.

NOTA DA DEFESA CIVIL

O governo do Rio Grande do Sul atua para garantir a vida da população após informação, na tarde desta quinta-feira (2/5), do rompimento de parte da estrutura da barragem da usina de geração de energia 14 de Julho, da Ceran, na bacia do Rio Taquari-Antas, em Cotiporã.

O rompimento é investigado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável pela barragem, que informou que a estrutura já estava submersa e identificou uma movimentação mais turbulenta da água, possivelmente pelo comprometimento da chamada ombreira direita, uma das laterais onde a barragem está apoiada.

“O grande problema agora é a velocidade com que a água vai descer rumo a Santa Bárbara e Santa Tereza. A altura da água não deve mudar muito, porque o nível do Rio das Antas estava passando sobre a barragem. O risco agora é a vazão a partir da barragem 14 de Julho”, disse o secretário da Casa Civil, Artur Lemos, que está no gabinete avançado no distrito de Farias Lemos, em Bento Gonçalves.

Assim que teve a confirmação do rompimento, o secretário determinou para a equipe da Casa Civil no gabinete avançado contato imediato com os municípios abaixo da barragem para iniciarem imediatamente a evacuação de áreas.

O Estado já monitorava a possibilidade de rompimento da estrutura. A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) informou que a empresa Ceran já havia acionado, na quarta-feira (1/5), o Plano de Ação de Emergência da barragem.

A orientação expressa da Defesa Civil é que os moradores dos municípios de Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encantado, Colinas e Lajeado deixem áreas de risco e procurem abrigos públicos ou outro local de segurança para permanecer durante a elevação de nível do rio.

As pessoas que não tiverem locais alternativos devem buscar informações junto à Defesa Civil da sua cidade sobre os abrigos públicos disponibilizados pelas prefeituras, rotas de fuga e pontos de segurança.

A Secretaria do meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) monitora, também, as estruturas de outras 13 barragens de usos múltiplos que estão em estado de alerta, cinco delas já em processo de evacuação: barragem Santa Lúcia, em Putinga; barragem São Miguel do Buriti, em Bento Gonçalves; barragem Belo Monte, em Eldorado do Sul; barragem Dal Bó, em Caxias do Sul; e barragem Nova de Espólio de Aldo Malta Dihl, em Glorinha.

A Aneel e o Operador Nacional do Sistema (ONS) acompanham a situação de outras cinco barragens de geração de energia elétrica no Estado que estão em atenção: Capigui, em Passo Fundo; Guarita, em Erval Seco; Herval, Santa Maria do Herval; Passo do Inferno, São Francisco de Paula; e Monte Carlo, Bento Gonçalves – Veranópolis.

(Com Governo do Estado do RS)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)