Grande quantidade de carne clandestina foi apreendida - Foto: Polícia Civil RS
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Porcos eram comidos vivos por cães treinados por grupo criminoso no Rio Grande do Sul

Grande quantidade de carne clandestina foi apreendida - Foto: Polícia Civil RS
Redação Sou Agro
Redação Sou Agro

Na região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, um grupo de seis pessoas é investigado de envolvimento com um grupo que usa porcos vivos para treinar cães de raça.

A Polícia deflagrou uma operação que resultou no cumprimento de 27 mandados de busca e apreensão contra 18 pessoas residentes nos municípios de Taquari, Triunfo, Eldorado do Sul e Arroio dos Ratos. Cerca de 120 policiais civis do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) participam da ação. A ofensiva conta também com equipes da Patrulha Ambiental da Brigada Militar (Patram), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema).

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Conforme a investigação policial, que começou em maio de 2023 após denúncias anônimas, os suspeitos se utilizavam de autorização para abate de javalis para caçar animais silvestres, o que é proibido. O grupo usava armas de fogo e cães. Os animais eram submetidos a maus-tratos.

Foto: Polícia Civil

A medida que a investigação avançou a polícia obteve vídeos que mostram os cachorros atacando os porcos. Dois porcos feridos foram resgatados de um local que foi alvo de mandado de busca e apreensão da polícia nesta quarta. Um cachorro ferido também foi resgatado. “Há vídeos de cães dilacerando porcos ainda vivos e também do uso de coleiras de choque, o que configura crime de maus-tratos. Encontramos ainda fotos de espécies silvestres abatidas, como tatus e cervos, que têm a caça proibida por lei”, afirmou a delegada Sámieh Bahjat Saleh.

Há indícios de que a carne dos animais caçados era comercializada. Carne sem procedência foi apreendida em refrigeradores de imóveis que foram alvos de mandados judiciais cumpridos pela polícia.

Parede de galpão alvo de mandado judicial no RS — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Foto: Polícia Civil

Os suspeitos devem responder pelos crimes de caça ilegal; maus-tratos a animais domésticos e silvestres; porte e posse ilegal de arma de fogo e munições; associação para cometer crimes; e contra a relação de consumo. Em caso de condenação por esses crimes, as penas podem chegar a 17 anos de prisão.

(Redação Sou Agro/Sou Agro)