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AGRONEGÓCIO

IDR-PR lança aplicativo para controle biológico do greening dos citros

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Redação Sou Agro
Redação Sou Agro
O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná) lançou o aplicativo IDR-Tamaríxia na ExpoLondrina. O evento contou com a participação de produtores, técnicos, pesquisadores e lideranças do setor agropecuário. Desenvolvido por pesquisadores e especialistas do setor de tecnologia de informação do próprio IDR-Paraná, o app oferece a técnicos e produtores orientações para a distribuição adequada da vespinha tamaríxia, um inimigo natural usado para reduzir a população do psilídeo, o inseto vetor da bactéria causadora da doença nos pomares de citros. Queimada com prescrição é novidade no decreto emergência do MS Ceará está perto de se tornar estado livre de febre aftosa sem vacinação O Paraná tem cerca de 30 mil hectares cultivados com cítricos, o que inclui a produção de laranja, tangerina e limão. É a principal fonte de renda da fruticultura paranaense. “É uma ferramenta muito importante para o enfrentamento do greening e proteção dos nossos pomares. Falta suco no mundo e temos espaço para aumentar nossa produção”, afirmou o secretário de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Anacleto Ortigara. A distribuição da vespinha tamaríxia é uma estratégia de manejo biológico adotada em zonas produtoras de citros de todo o mundo para complementar outros métodos de controle do greening, como a aplicação de inseticidas para combater o psilídeo, erradicação de plantas doentes, implantação de quebra-vento, plantio de mudas sadias e adensamento de plantio. O IDR-Paraná vem produzindo e liberando tamaríxias desde 2016, trabalho desenvolvido em parceria com a Cocamar Cooperativa Agroindustrial, Integrada Cooperativa Agroindustrial e Grupo Prates. De acordo com o pesquisador Adriano Hoshino, ligado ao IDR-Paraná, nesse período foram distribuídas mais de 10 milhões de vespinhas, liberadas em 21 municípios da região Norte e 18 do Noroeste. A liberação de tamaríxias é feita em pomares domésticos (tanto de áreas rurais como urbanas), plantios comerciais abandonados e também nas cidades, sobretudo onde há plantas de murta, espécie ornamental que é uma das principais hospedeiras do psilídeo. “É feito dessa forma porque nesses locais não há aplicação de inseticidas e as vespinhas ficam protegidas”, explicou o pesquisador. Entre as diversas funcionalidades do aplicativo, destaca-se a possibilidade de construir banco de dados e gerar mapas com o histórico de liberação em cada local. GEADA – Também foi lançado no evento o aplicativo Risco Geada Paraná, que oferece uma estimativa percentual sobre a possibilidade de ocorrer o fenômeno, abrangendo 49 municípios do Estado. O objetivo da ferramenta é oferecer a técnicos e produtores um instrumento que auxilie o planejamento das atividades agrícolas com redução de riscos de natureza climática. A partir de uma compilação de dados obtidos em mais de 20 anos de acompanhamento, o app traz o histórico de ocorrência de geadas fracas, médias e fortes em cada local. “Não se trata de previsão de geadas, mas a estimativa do percentual de risco com base no histórico de dados”, informou o pesquisador Luiz Antonio Odenath Penha Já o aplicativo IDR-Paraná Orgânico, que também foi apresentado pela primeira vez ao público, oferece informações detalhadas para orientar técnicos e produtores interessados em fazer o processo de certificação de propriedades que adotam esse sistema de produção agropecuária. Com esses lançamentos, o IDR-Paraná chega a 11 aplicativos para celulares desenvolvidos para auxiliar técnicos e produtores nas mais diferentes áreas da agropecuária. Todos eles estão disponíveis gratuitamente no Google Play e Apple Store. (Com AEN/PR)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)