Evento na CNA celebra 50 anos de relações entre Brasil e China
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil sediou a Conferência Internacional “50 anos da relação Brasil-China: cooperação para um mundo sustentável”.
O evento, realizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), teve a presença na abertura do vice-presidente da CNA, José Mário Schreiner, dos vices Gedeão Pereira e Mário Borba, de diretores da CNA, embaixadores, parlamentares, autoridades e do presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin.
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O objetivo foi discutir o futuro das relações entre Brasil e China e os caminhos de cooperação para um mundo sustentável, além de temas fundamentais para o comércio bilateral, como segurança alimentar, economia de baixo carbono, inovação, transições energética e ecológica, combate às desigualdades e reforma da governança global.
Na abertura do encontro, o vice-presidente de Relações Internacionais da CNA, Gedeão Pereira, destacou a avanço da relação entre Brasil-China e a importância do evento ocorrer na sede da CNA, entidade que representa o setor agropecuário brasileiro e os produtores rurais. “Brasil e China são dois países continentais e monumentais que se desenvolveram rapidamente nos últimos 30 anos”.
Gedeão, que representou no evento o presidente da CNA, João Martins, falou ainda do avanço da agricultura tropical e de como Brasil passou, em um curto espaço de tempo, de importador para um dos maiores exportadores de alimentos do mundo. “O Brasil se transformou em uma potência agrícola, energética e agroecológica, e a China é corresponsável por esse crescimento”.
Para o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, o mundo está focado em três grandes temas: segurança alimentar, energética e clima. Nesse contexto, o Brasil é protagonista no assunto. “A relação Brasil-China é um caso de sucesso. São 50 anos de amizade, comércio e investimentos e essa parceria vai crescer ainda mais”, disse.
Em seu discurso, a senadora Tereza Cristina destacou a relação ‘ganha-ganha’ entre os países e falou sobre as oportunidades de comércio para os produtos agropecuários brasileiros na Ásia.
“A relação é boa para os dois lados. A China, como maior importador de alimentos, precisa de fornecedores confiáveis que possam atender a demanda em quantidades necessárias e bases sustentáveis. O Brasil faz isso com maestria. Nós somos um dos países com maior potencial de expansão da produção agrícola de base sustentável”.
Ainda na abertura, o presidente do Cebri, José Pio Borges, disse que Brasil e a China mantêm uma relação sólida e mutuamente benéfica. “Queremos celebrar esses 50 anos e provocar uma visão sobre o futuro da relação comercial e como podemos alcançar objetivos mútuos de desenvolvimento, que exigem um olhar para sustentabilidade e inovação”.
O embaixador da República Popular da China no Brasil, Zhu Qingqiao, afirmou que “a China e o Brasil, como grandes países em desenvolvimento e importantes mercados emergentes, vêm fortalecendo as relações, que transcendem o âmbito bilateral e se destacam por sua influência estratégica”.
De acordo com o secretário de Ásia e Pacífico do Ministério de Relações Exteriores, embaixador Eduardo Saboia, ao longo dos últimos 50 anos os governos brasileiro e chinês têm trabalhado para ampliar as convergências, tendo como fundamento interesses e visões de mundo comuns. “É importante olharmos para o futuro e a direção apontada é a neoindustrialização, transição energética, ciência e tecnologia, inovação e parceria para a reforma da governança global”.
A diretora do Instituto de Economia Industrial da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS), Shi Dan, reforçou a importância da cooperação e o diálogo entre Brasil e China, principalmente entre pesquisadores e academia. “Temos que dar poder de fala aos estudiosos brasileiros e chineses e divulgar os resultados das nossas pesquisas”.
O encontro foi dividido em quatro painéis e, em um deles, a diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, debateu o tema “Agronegócio, inovação e transição ecológica”.
A Conferência conta com a parceria do National Top Think Tank e o Institute of Latin American Studies da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS) e apoio da SPIC Brasil, Banco BOCOM BBM, Suzano e da Embaixada da China no Brasil.
(Com Assessoria/Com/CNA)