IAT realiza primeira ação de fiscalização contra crimes ambientais no Oeste do Paraná
O Instituto Água e Terra (IAT) divulgou nesta quarta-feira (07) os detalhes da primeira grande operação de fiscalização ostensiva aérea de 2024. A força-tarefa ocorreu entre os dias 29 e 31 de janeiro, na região Oeste do Paraná, e buscou combater crimes ambientais.
Foram monitorados 47 pontos nos municípios de Ramilândia, Matelândia, São Miguel do Iguaçu, Itaipulândia, Missal, Medianeira e Foz do Iguaçu. Houve, ainda, uma vistoria no Parque Nacional do Iguaçu. Possíveis Autos de Infração Ambiental (AIA) e multas estão sob análise técnica.
A ação foi organizada pelo novo setor de fiscalização área do órgão ambiental, que passou a contar com um helicóptero exclusivo desde o fim do ano passado. Contou também com o apoio do Batalhão de Polícia Ambiental-Força Verde (BPAmb-FV), da Marinha do Brasil e das prefeituras.
Os principais problemas foram verificados em Foz do Iguaçu. Duas áreas de transbordo de resíduo sólido estavam atendendo de forma ilegal, já que o licenciamento permitia apenas o armazenamento temporário antes destinação final correta do produto final. Já em Itaipulândia, a operação constatou que a base náutica do município não possuía licenciamento para a atividade, acarretando em riscos para os usuários e possíveis confrontos com indígenas que habitam a região.
Além disso, a equipe de fiscalização atendeu a requerimentos do Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor); denúncias do Ministério Público; e sobrevoou obras de infraestrutura que estão sendo executas pelo Governo do Estado em parceria com a União, como a ampliação do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, a duplicação da BR-469 (rodovia das Cataratas), obras da Perimetral Leste e a implantação da nova rodovia estadual entre Ramilândia e Santa Helena.
A operação também fiscalizou a instalação do aquário de Foz do Iguaçu (AquaFoz), obras de saneamento básico da Sanepar e as prainhas da região Oeste do Paraná margeando o lago de Itaipu, e demais áreas verdes com possíveis ameaças antrópicas.
“Foi um trabalho bastante proveitoso. Tivemos a oportunidade de averiguar denúncias e anotar informações relevantes para auxiliar as equipes de fiscalização por terra”, afirma o chefe do escritório regional do IAT de Foz do Iguaçu, Carlos Antonio Pitton.
Com a estruturação do setor a partir da exclusividade do transporte aéreo, a intenção é que ocorra uma força-tarefa a cada 45 dias por regional do IAT, ampliando o poder de fiscalização do órgão ambiental.
(Por AEN)