Foto: acervo pessoal/UTFPR

Inteligência artificial é usada para otimizar irrigação de propriedades

Redação Sou Agro
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Foto: acervo pessoal/UTFPR

Um grupo de pesquisadores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) está desenvolvendo pesquisas de alta tecnologia para a irrigação. Trata do projeto “Irrigação de Baixo Impacto Ambiental”, um estudo inédito que será capaz de criar uma rede integrada com o uso da inteligência artificial em benefício de pequenos agricultores.

Eles estão trabalhando em um equipamento que fará o monitoramento da temperatura do solo das pequenas propriedades para prever o nível de irrigação necessária, através de uma comunicação com sistemas de previsão do tempo (como alerta de geadas, muitas chuvas ou calor excessivo) e alimentados via nuvem.

“Já existem sistemas em que se instalam sensores no solo para uma irrigação adequada. Porém, pensamos em ir além disso. Vamos criar uma rede integrada, ligada a sistemas de previsão de tempo e um sistema de inteligência artificial em nuvem como se tivéssemos um especialista na propriedade acompanhando a irrigação 24 horas por dia”, explica o coordenador do projeto Douglas Renaux.

Os pesquisadores demonstram, por exemplo, como a irrigação inteligente auxiliaria em questões de desperdício da água e qualidade do cultivo. “Não adianta irrigar muito o solo em um dia que vai chover, além do desperdício, prejudicaremos a plantação. Outra vantagem está na geada que, com a irrigação, podemos aumentar a temperatura das folhas e evitar o seu congelamento”, completa o professor Renaux.

Outro benefício apontado pela equipe é com o impacto social do projeto nas propriedades familiares, sobretudo em problemas como o assoreamento. “Com excesso da irrigação, uma quantidade importante de terra rica é jogada na água e, com o constante assoreamento, essa parte de terra perdida terá reflexo no futuro das próximas gerações das propriedades familiares que, em sua maioria, sobrevivem do que produzem”, destaca o pesquisador Carlos Erig.

Desenvolver esse sistema para que ele tenha um baixo custo para os produtores também é o objetivo do grupo desta pesquisa. “Algumas empresas têm sistemas sofisticados de monitoramento e, pelo seu alto valor de custo, acabam ficando restritas às grandes propriedades e não são destinadas a cultivos de grande rotatividade, como é o caso das hortaliças. Queremos um sistema com valor compatível às pequenas propriedades com as quais estamos trabalhando”, informa o coordenador Douglas Renaux.

Os sensores serão instalados no solo das propriedades do município de São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), atendidas pela Bacia do Miringuava, utilizada para captação de água pela Sanepar (também conveniada para auxiliar neste projeto).  Atualmente, a equipe está desenvolvendo o primeiro protótipo do equipamento, o qual deve ficar pronto até o final do primeiro semestre de 2024. Os testes serão realizados na área da fazenda experimental do Campus Dois Vizinhos.

(Por UTFPR)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)

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