País prestes a sumir do mapa e será a 1ª nação do metaverso
Tuvalu é um país formado por um conjunto de ilhas do Pacífico que corre o risco de sumir do mapa. São apenas 11 mil habitantes e o ponto mais alto está a apenas cinco metros do nível do mar.
O risco não é uma novidade. A situação é objeto de estudo de cientistas há anos. A nação pode ser a primeira do mundo a desaparecer por completo nas próximas décadas, resultado do aquecimento do planeta. O apelo vem de anos.
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Em 2021, na COP26, o representante do país discursou em um vídeo gravado dentro do mar, mostrando os efeitos já sentidos das mudanças climáticas no país. E em novembro deste ano, a nação fechou um acordo com a Austrália para receber os refugiados climáticos tuvaluanos que perderão seu território no futuro.
Para alguns parece papo de maluco. Para outros, visão de futuro. A ideia do país é digitalizar desde a configuração física das ilhas até as danças tradicionais dos moradores. E mais, que digitalmente, a população participe das eleições.
“O mundo não agiu, e por isso nós, no Pacífico, tivemos de agir”, disse o ministro Kofe. Em 2022, o governo anunciou que iria “transferir” o país para o metaverso. “Para mantê-los protegidos de danos, não importa o que aconteça no mundo físico, iremos movê-los para a nuvem”.
Durante a COP 28 (a cúpula do clima da ONU) em Dubai, Tuvalu anunciou o projeto chamado “Future Now” (Futuro Agora).
O presidente Simon Kofe informou que mapeou tridimensionalmente as 124 ilhas e ilhotas que compõem o território; e que está
criando um passaporte digital para que as pessoas possam continuar casando ou participando de eleições de forma on-line;
investiu na infraestrutura nacional de comunicações.
Para quem imagina um país, com fronteiras, gente, produção e movimento, o papo pode soar muito estranho. Seria o presidente de Tuvalu, um visionário digital? Sobre como seria a transição do físico para o virtual: “Um cabo submarino fornecerá a largura de banda necessária para mover o nosso país para a nuvem”, informou Kofe.