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APICULTURA

Mais casos que envolvem morte de milhares de abelhas são investigados no MT

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

Mostramos aqui no Sou Agro que no Mato Grosso milhares de abelhas morreram e a causa era investigada isso aconteceu em junho.Naquela época, epois de muito trabalho, o resultado da averiguação realizada pelos servidores do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea) apontou o uso irregular de agrotóxico com princípio ativo Fipronil como a causa das mortes registradas na cidade de Sorriso.

E agora o Instituto abriu uma nova investigação neste mês para identificar a causa da morte de mais milhares de abelhas, agora na cidade de Sinop (503 km de Cuiabá). Dois municipais foram até uma propriedade rural onde foram registradas as mortes das polinizadoras, para coletar amostras das oito caixas de colmeia, insetos mortos e observar o comportamento das abelhas doentes.

De acordo com a médica veterinária e uma das responsáveis pelo ‘Programa de Sanidade Apícola do Indea’, Érika Gleice Menezes Nascimento, a investigação no local procurou esclarecer se os animais polinizadores apresentam algum indício de danos provocados por intoxicação, possível infecção por bactérias, fungos ou vírus.

O material coletado será enviado ao Instituto Biológico, que é um centro de pesquisa do governo de São Paulo, referência nacional na área de pesquisa agrícola. O resultado deve sair em até um mês, segundo estimativa.

A equipe também verifica a situação na cidade de Guarantã do Norte, onde novo caso de mortandade de abelhas foi registrado junto ao Indea.

MAIS UM CASO PARECIDO

Além do caso de junho citado anteriormente, e o de agora, em dezembro, no mês de maio já havíamos mostrado uma outra situação parecida, onde Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) investigava a morte de pelo menos um milhão de abelhas em três propriedades rurais do município de Brasnorte (580 km de Cuiabá). Três servidores da autarquia percorreram as áreas onde foram registradas as perdas em massa dos animais polinizadores. A mortandade das abelhas foi detectada em 33 colmeias.

Os apicultores do município acionaram o Indea, que, por meio dos servidores, realizou a sondagem no local e colheu o material para enviar ao laboratório do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e ao Instituto Biológico – centro de pesquisa do Governo do Estado de São Paulo.

O coordenador de Defesa Sanitária Animal do Indea, João Néspoli, explica que, no campo, os servidores investigaram os sinais clínicos e epidemiológicos.

“Foram observadas quais as castas atingidas. No caso de Brasnorte, as operárias eram as mais atingidas. Também foram observados qual o perímetro das mortes desses insetos, se havia a presença de parasitas ou abelhas com dificuldade de locomoção, e qual fase da vida desses animais era a mais atingida. Com base nessas observações, e em conjunto com as analises de laboratório, será possível descobrir o que pode estar causando esse dano não só ambiental, como econômico aos apicultores”, explica o médico veterinário. Na época, além de causas sanitárias, outra suspeita levantada sobre a mortandade dessas abelhas é o uso irregular de agrotóxico nas áreas próximas aos apiários.

(Com Indea)

(Débora Damasceno/Sou Agro)