Cooperativas fecham o ano com faturamento de R$ 202 bilhões
Após um ano desafiador, sob vários aspectos, inclusive de clima, com o fenômeno El Niño afetando o plantio, as cooperativas do Paraná fortaleceram a estratégia de suas atividades e negócios. Para crescer e expandir horizontes, com sustentabilidade, investiram em tecnologia, infraestrutura, expansão do mercado, e com isso ampliaram a base de associados e abriram novas frentes de trabalho.
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Cooperativas de produção
O ramo agropecuário possui 62 cooperativas de produção no estado. Juntas, elas somam 215 mil cooperados e empregam cerca de 117 mil pessoas. Hoje as cooperativas do ramo são uma força importante no agronegócio nacional. Pelos armazéns das cooperativas, passam o equivalente 64% da produção de grãos e 45% da proteína animal do Paraná.
Exportação
Não à toa, atualmente aproximadamente, 48% de toda produção recebida pelas cooperativas já passam por algum tipo de agroindustrialização. O portfólio de produtos com marcas de cooperativos, cada vez mais amplo e diversificado, tem como foco o mercado nacional e internacional, sendo que em 2023 as exportações tiveram um aumento de 25% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 9,4 bilhões
Trabalho
Em mais de 130 municípios do Paraná, as cooperativas são as maiores empresas, respondendo pelo maior número de empregos e impostos recolhidos. De acordo com os dados de acompanhamento do Sistema Ocepar, este ano foram abertos mais de 13 mil novos postos de trabalho, o que significa que as cooperativas estão fechando o período com cerca de 150 mil funcionários, número 10% maior em relação ao ano passado.
Investimentos
As estratégias das cooperativas, principalmente do ramo agropecuário, em investir na modernização e ampliação das estruturas de produção, foi o principal fator para o aumento na demanda por mão de obra não apenas no chão de fábrica, mas em toda a cadeia. Os aportes de recursos seguem a cronologia do planejamento estratégico do cooperativismo paranaense, o PRC200, e somaram esse ano R$ 6,5 bilhões.
Agroindustrialização
São dezenas de novas plantas industriais e de melhoramento ou ampliação das existentes, contemplando várias atividades em que as cooperativas atuam, principalmente, grãos e proteína animal, uma vez que o objetivo é prospectar novos mercados e consolidar a presença nos já conquistados.
Soja
A nova esmagadora de soja da C.Vale é um dos investimentos de destaque desse ano. Inaugurada no dia 7 novembro, data de aniversário da cooperativa, a planta tem capacidade de processamento de 3,5 mil toneladas/dia, e recebeu um aporte de mais de R$ 1 bilhão entre 2021 e 2023.
Maltaria
Outra iniciativa é a Maltaria Campos Gerais, projeto de intercooperação entre seis cooperativas do estado: Agrária, Bom Jesus, Capal, Castrolanda, Coopagrícola e Frísia. Com um investimento de R$ 1,6 bilhão, a planta deve produzir, numa primeira etapa, 240 mil toneladas de malte por ano, cerca de 15% do volume do consumo atual do país.
Queijos
Também nos Campos Gerais, a Indústria de Queijos da Frísia, em Ponta Grossa, recebeu R$ 600 milhões em investimentos. Essa planta é resultado do projeto de intercooperação da marca institucional Unium, das cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal. Assim como a Maltaria, a nova indústria vai gerar novos empregos e aumentar ainda mais a representatividade dos Campos Gerais no agronegócio do estado.
Avanço
José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar, afirma que “se tivermos que resumir o que foi o ano de 2023, diríamos que foi desafiador, sem dúvida”. “Mas conseguimos avançar e isto se explica no fato de que as cooperativas baseiam suas ações em planejamento e buscam se manter sustentáveis, essenciais e relevantes para os seus cooperados”, diz.
O cooperativismo do Paraná em números:
- Faturamento – R$ 202 bilhões
- Cooperados – 3,6 milhões
- Empregos – 150 mil
- Investimentos – R$ 6,5 bilhões
- Exportações – US$ 9,4 milhões
(Por Sistema Ocepar)