PECUÁRIA
Pecuária: altas temperaturas aumentam risco de estresse térmico dos animais
As altas temperaturas são desafio na pecuária por que aumentam o risco de estresse térmico dos animais e acabam sendo um problema para o produtor. Uma análise do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra que o Brasil tem mais de 50 dias por ano com ondas extremas de calor, como a que estamos enfrentando agora.
Em junho, por exemplo, no auge do verão norte-americano, ocorreu no estado do Kansas um incidente alarmante: cerca de 10 mil cabeças de gado em confinamento sucumbiram devido ao estresse térmico, segundo a publicação especializada Progressive Farmers. “Dado que os bovinos mantêm a homeostase, ou seja, são capazes de manter a estabilidade corporal, qualquer variação climática afeta diretamente seus processos metabólicos. Temperaturas superiores a 30°C podem resultar na diminuição da produção de leite, queda da fertilidade e comprometimento na qualidade da carne”, afirma o médico-veterinário Thales Vechiato, gerente de produtos para animais de produção da Pearson Saúde Animal.
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Vechiato explica que “o estresse térmico é uma resposta fisiológica do organismo animal a variações nas condições ambientais – seja pelo excesso de calor, frio intenso, alta umidade ou exposição à radiação solar extrema. Quando a resposta fisiológica não é suficiente, podem ocorrer sérios danos à saúde do gado”.
O especialista da Pearson alerta que “o estresse térmico não é exclusivo do calor, pois temperaturas abaixo de zero também desencadeiam problemas aos animais. Quando expostos a longos períodos de sensação térmica próxima a 0°C, os bovinos experimentam aumento na assimilação dos alimentos, contração de vasos sanguíneos e, até, congelamento de partes do corpo, como testículos, tetas e orelhas.”
Os bovinos sob estresse térmico no calor apresentam respiração ofegante, aumento dos batimentos cardíacos, sudorese intensa e alterações comportamentais, como procurar por sombra e água. Já no frio, observa-se perda de peso devido à queima de energia para manter a temperatura corporal.
Embora o clima seja incontrolável, os pecuaristas podem tomar algumas medidas preventivas, como adaptações no sistema de produção (monitorar a temperatura, proteger contra ventos frios, manter áreas secas e limpas, oferecer sombra e garantir acesso constante a água fresca). Além disso, recomenda-se utilizar suplementação para evitar perda de rendimento. “A suplementação mineral é uma importante aliada do pecuarista no confinamento, pois comprovadamente proporciona rápido ganho de peso, além de possibilitar adaptação ao ambiente de forma mais ágil e aceleração do metabolismo, índices normalmente afetados durante climas extremos”, explica o médico-veterinário.
A Pearson oferece Aminofort, revitalizante e estimulante que, “em média, gera ganho diário de 40g a 120g. Descontado o rendimento de carcaça, o aumento mensal é de 6kg”, destaca Thales Vechiato. “Trata-se de um importante suplemento para ajudar os bovinos quando eles mais precisam ganhar peso e contribuir para a rentabilidade do confinamento ou animais mantidos a pasto, seja bovinos de corte ou leite. Adicionalmente, proporciona aos animais mais condições de enfrentar as adversidades do clima”.
Com Assessoria