Boletim Climático
Novo temporal deixa morte e destruição no Sul do Brasil
Um novo temporal deixou rastro de morte e destruição no Sul do Brasil. Uma mulher morreu e outras 57 pessoas ficaram feridas após um centro esportivo desabar, em Giruá, no noroeste do Rio Grande do Sul, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Foi na noite de quarta-feira (15), durante a passagem de um temporal pela região.
O complexo fica localizado no bairro Santa Fé e conta com quadras de vôlei, padel e futebol society. Imagens mostram que o teto do complexo esportivo ficou com a estrutura retorcida.
Giruá fica a cerca de 470 km de Porto Alegre e tem pouco mais de 16 mil habitantes. Segundo o Corpo de Bombeiros, dezenas de pessoas estavam no local para uma confraternização, quando o vento forte derrubou o teto do centro esportivo. A jovem que morreu tinha 26 anos.
A maior parte dos feridos foi encaminhada para um hospital da cidade. Por causa do grande número de feridos, profissionais de saúde que estavam de folga foram acionados.
Outras duas pessoas, que tiveram ferimentos mais graves, foram levadas para hospitais de Santo Ângelo e Santa Rosa.
Entenda o temporal
O fenômeno que provocou o temporal no Noroeste do Rio Grande do Sul e o desabamento em Giruá tem nome: Complexo Convectivo de Mesoescala (CCM). Segundo a MetSul Meteorologia, a cidade gaúcha registrou um episódio mais grave, que terminou com uma morte e quase 60 pessoas feridas.
O Complexo Convectivo de Mesoescala é um grande aglomerado circular e de longa duração de nuvens muito carregadas, de grande desenvolvimento vertical, que podem atingir de dez a 20 quilômetros de altura. De acordo com a MetSul, estes aglomerados são identificados a partir de imagens de satélite, e costumeiramente provocam chuva forte a intensa e tempestades.
O nome complexo decorre do fato de serem muitas áreas de tempestade reunidas em um mesmo sistema e que podem provocar chuva volumosa e tempestades fortes a severas de vento e granizo, não raro com fenômenos mais extremos como tornados e microexplosões atmosféricas.
Estes sistemas costumam ocorrer em vários continentes. Na América do Sul, de acordo com a literatura técnica, ocorrem alguns dos CCMs mais intensos do mundo, e tendem a se formar entre o Norte e o Nordeste da Argentina, o Paraguai e o Sul do Brasil. O Paraguai, em especial, costuma registrar uma frequência altíssima deste tipo de fenômeno.
Estragos em Santa Catarina
A chuva forte que atinge Santa Catarina na manhã desta quinta-feira (16) voltou a causar estragos, alagamentos e cancelou as aulas na cidade de Concórdia, no Oeste, onde ocorrem as principais ocorrências. Na região, o telhado da Igreja Matriz de Guaraciaba ficou destruído.
A Defesa Civil Estadual alerta que há risco de temporais e chuva volumosa, com raios, rajadas de vento, queda de granizo, alagamentos e enxurradas.
Oeste de SC
Em Barra Bonita e Guaraciaba, no Oeste, os bombeiros p precisaram entregar lonas para ajudar moradores atingidos nos municípios. Em Maravilha, houve registro de queda de árvores na zona rural do município.
Na cidade de Seara, os bombeiros foram acionados por volta das 5h desta quinta para o corte de arvore e limpeza da SC-283, que ficou interditada após o temporal. Os bombeiros também atenderam ocorrências em São Miguel do Oeste e Descanso.
Em Florianópolis, a chuva teve início por volta das 7h da manhã e algumas ruas da Capital ficaram totalmente alagadas. Até a última atualização do texto não havia informações sobre ocorrências, mas o trânsito nas principais vias seguia lento.
Fortes a intensas áreas de instabilidade atuaram a partir de terça-feira em Santa Catarina com chuvarada e temporais isolados, assim como alertava a MetSul. Pancadas torrenciais foram responsáveis por alagamentos em diversos municípios com Balneário Camboriú e Blumenau. No Oeste, alguns pontos somaram 100 milímetros. O episódio mais grave se deu no município de São João Batista. Um temporal na manhã desta terça-feira causou vários estragos na localidade. O interior do município foi mais atingido com fortes rajadas de vento e granizo no bairro Colônia Nova Itália e no distrito de Tigipió.
Com Defesa Civil de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, Agências e Metsul