França confirma surto de gripe aviária e Europa está em alerta
Na França a preocupação do momento é um surto de gripe aviária, registrado no Noroeste do País, em uma fazenda de perus. O Ministério da Agricultura detectou um vírus altamente patogênico, enquanto a Europa enfrente uma onda sazonal.
O surto é da França é o primeiro registrado em área agrícola no território. Nas proximidades, há algum tempo, uma ave selvagem infectada havia sido encontrada.
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Nos últimos dias, vários casos de gripe aviária foram confirmados em aves selvagens. Com os últimos episódios o governo francês elevou o nível de alerta nacional para gripe aviária, de insignificante para moderado. Uma da s medidas é reduzir o contato de aves selvagens com as demais, mantendo as produções confinadas.
A gripe aviária foi recentemente detectada em explorações agrícolas de países como a Alemanha , os Países Baixos, a Itália, a Croácia e a Hungria.
Para tentar controlar a doença que prejudica o mercado de aves e ovos, a França lançou no início de outubro uma campanha de vacinação num primeiro momento limitada aos patos, considerados os mais vulneráveis ao vírus. Os patos representaram 8% da produção de aves na França em 2022.
BRASIL PRORROGA EMERGÊNCIA FITOSSANITÁRIA
No início de novembro o Ministério da Agricultura e Pecuária prorrogou por 180 dias a declaração de emergência zoossanitária, em todo o território nacional, por causa da identificação de focos do vírus da influenza aviária H5N1 de alta patogenicidade, principalmente em aves silvestres. A medida, permite a adoção de políticas preventivas para evitar que aves comerciais sejam contaminadas pela doença, também conhecida como gripe aviária.
A declaração de emergência zoossanitária foi decretada pelo governo no dia 22 de maio, uma semana após a primeira detecção de ave silvestre migratória contaminada. Em 6 meses já foram identificados 139 focos, sendo apenas três em aves de subsistência nos estados do Espírito Santo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
Conforme o protocolo da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), como não há casos em aves comerciais, o Brasil mantém o status de país livre da H5N1.
Ao todo, 2.207 casos já foram investigados pelo Serviço Veterinário Oficial, que encaminhou para análise laboratorial 609 amostras. Atualmente, 18 ainda estão sendo investigadas e 139 casos foram confirmados, a maioria na faixa litorânea que se estende do sul da Bahia ao Rio Grande do Sul.
O Brasil responde por 35% do mercado global de carne de frango e é o maior exportador do mundo. Por ser causada por um vírus com alta capacidade de mutação e adaptável a novos hospedeiros, o H5N1 representa um risco principalmente ao comércio internacional de produtos avícolas, e também é uma ameaça à saúde humana, já que ocasionalmente pode afetar mamíferos como gatos, cães, cavalos, suínos e também humanos.
No Brasil nunca houve ocorrência de casos da doença em humanos, mas, segundo dados da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), nas Américas já foram registrados casos nos Estados Unidos, Chile e Equador.