Agro argentino comemora vitória de Javier Milei; Brasil aguarda o que virá
A eleição presidencial na argentina foi acirrada, decidida no voto a voto. A vitória do libertário Javier Milei foi celebrada pelo setor do agronegócio.
Em nota, a Sociedade Rural Argentina (SRA)
afirma que o momento significa uma ruptura, um novo horizonte. “Agora se abre uma grande oportunidade para trabalharmos juntos para fazer uma mudança radical nas políticas atuais”.
A SRA pontua que a intervenção de mercado, as cotas de exportação, a distorção cambial e a alta pressão tributária fazem a produção do país ficar estagnada contribuíram para a estagnação do país.
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A Confederação Rural Argentina também se manifestou. A nota cita expecativas so bre Milei, com esperanças de um trabalho em conjunto, que “convoque o setor produtivo para trabalhar em conjunto e traçar políticas agrícolas para o campo”.
BRASIL X ARGENTINA
Milei disse também que não faria negócios com o Brasil, nem com a China, os dois principais parceiros comerciais da Argentina, e ainda fez duras críticas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, lançando dúvidas sobre as relações entre os dois países. A Argentina, afinal, é o terceiro principal destino das exportações brasileiras, perdendo apenas para China e Estados Unidos.
No entanto, a Abitrigo acredita que o comércio de trigo com o Brasil não deve ser afetado. A maior parte do trigo vem da Argentina. Opinião semelhante tem o professor Nildo Ouriques, presidente do Instituto de Estudos Latino-americanos da Universidade Federal de Santa Catarina. Ele acredita que a relação entre Brasil e Argentina, dada a dependência entre os dois países, não deve ser alterada.
Ouriques acrescentou que as relações comerciais vão depender das condições econômicas dos dois países. “Pode aumentar o comércio do Brasil com a Argentina de Milei se for de interesses das multinacionais e dos comerciantes argentinos”, destacou.
(Com Agência Brasil)