A rota Bioceânica é um sonho do centro-oeste do Brasil. O projeto promete facilitar o escoamento de produtos sul-mato-grossenses e do restante do país para China, por meio do Oceano Pacífico. O projeto visa fortalecer a relação dos países do Mercosul com o mercado asiático.
Em Mato Grosso do Sul o projeto segue pela cidade de Porto Murtinho; cruzará o território paraguaio por Carmelo Peralta, Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo.Por fim, atravessará o território argentino as cidades de Misión La Paz, Tartagal, Jujuy e Salta; ingressando no Chile pelo Passo de Jama, até alcançar os portos de Antofagasta, Mejillones e Iquique.
A Ponte Bioceânica mantém a celeridade nas obras com cerca de 40% da estrutura concluída de forma global. Na semana passada foi a vez do Chaco paraguaio viver um momento histórico, com o início da montagem do primeiro conjunto de 8 vigas que compõem a superestrutura do viaduto de acesso à futura ponte Bioceânica, no departamento do Alto Paraguai.
As peças continuam chegando semanalmente ao canteiro de obras. No total, estão previstas 176 unidades, que estão sendo fabricadas e posteriormente transportadas a partir da cidade de Capiatá (departamento Central).
A empresa responsável pela fabricação dessas vigas, que são de concreto protendido, têm 30 metros de comprimento e pesam 30 toneladas, se chama Pretec e é uma empresa paraguaia subcontratada do consórcio PYBRA, responsável pela construção da ponte. Durante a montagem, são utilizados grandes guindastes para levantar as vigas e colocá-las em sua posição final, nas vergas dos viadutos de acesso.
Os viadutos possuem um encontro que, juntamente com os pilares, se destina a suportar as cargas do tabuleiro. Cada pilha é composta por cabeceiras, pilares e lintéis que atualmente podem ser vistos nas duas margens do rio Paraguai.
De acordo com o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Mato Grosso do Sul (Semadesc), Jaime Verruck, a estimativa é que obra esteja pronta primeiro semestre de 2025. “As obras estão caminhando bem dos dois lados e entram em nova fase com a instalação das vigas. Vale lembrar que a ponte é a entrada da Rota Bioceânica e um projeto prioritário do Governo estadual e do Governo federal. No início de outubro o MOPC apontou que mais de um terço das obras da ponte Bioceânica já havia sido concluído.
Já no lado brasileiro, segundo Verruck, o Governo do Estado aguarda o resultado da licitação do acesso da ponte, que foi lançado em setembro, junto com o contorno rodoviário de Porto Murtinho, e o centro aduaneiro que fará o controle do acesso entre o Brasil e o Paraguai. Segundo edital do DNIT o acesso do lado brasileiro terá aproximadamente 13,1 quilômetros e partirá do quilômetro 678 da BR-267, até a ponte.
A obra
A ponte Bioceânica que ligará as cidades de Carmelo Peralta e Puerto Mutinho, Brasil, terá extensão aproximada de 1.294 metros, dividida em três trechos: dois constituirão os viadutos de acesso em ambas as margens do rio; e uma corresponderá à parte estaiada, medindo 632 metros, com vão central de 350 metros.
O Consórcio PYBRA é formado pelas empresas Tecnoedil SA, Paulitec e Construtora Cidade, e a obra é supervisionada pelo Consórcio Prointec, sob a gestão do MOPC (Ministério das Obras Públicas e Comunicações)
(Com Rosana Siqueira, Semadesc (com informações do MOPC))