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Orgulho da Terra: prêmio valoriza uso de tecnologias na agropecuária paranaense

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

O produtor João Roberto Zielinski, de São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, adotou em 2019 o Sistema de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH) e conta que, desde então, reduziu despesas com insumos, inseticidas, adubos e irrigação. Quatro anos depois de adotar a técnica ele não consegue enxergar outra maneira de produzir. Os resultados obtidos também lhe renderam, em 2022, um troféu do Prêmio Orgulho da Terra na categoria tecnologia.

O prêmio, por indicação de técnicos do IDR-Paraná e do Sistema Ocepar, reconhece as boas práticas no campo em 17 categorias e neste ano será entregue a 21 produtores no dia 21 de novembro.

 

Um dos principais resultados da adoção do SPDH, lembra Zielinski, foi o aumento na vazão das nascentes da propriedade. De acordo com o produtor, o volume de água produzido dobrou desde a adoção do sistema. A água utilizada para irrigação hoje vem toda da nascente da propriedade e o excedente é drenado para o Rio Miringuava, utilizado no abastecimento da Região Metropolitana de Curitiba.

A implantação do SPDH resulta em uma agricultura mais sustentável, que diminui a erosão do solo, o consumo de água com irrigação e as temperaturas extremas, já que a terra permanece sempre coberta. A prática também promove o aumento de matéria orgânica no solo, garantindo menos despesas com fertilizantes e mais qualidade no produto final, além de evitar a dispersão de pragas e doenças.

A substituição do sistema de plantio convencional traz resultados notáveis para os produtores. O método contempla três princípios: o revolvimento restrito do solo, a rotação de culturas e a cobertura permanente do solo. A prática garante benefícios na qualidade da produção e promove melhorias ao meio ambiente.

Além da categoria Tecnologia, a terceira edição do Prêmio Orgulho da Terra vai homenagear também: agroecologia, aves, café, erva-mate, feijão, bovinocultura de leite, suínos, piscicultura, agricultura orgânica, agroindústria, bovinocultura de corte, inclusão social, mulheres no agro, sericicultura, soja e milho, sucessão e turismo rural.

As indicações para o Prêmio são feitas por um grupo de técnicos do IDR-Paraná e do Sistema Ocepar – Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná, que avaliam os empreendimentos sob a perspectiva social, ambiental e econômica. O tema deste ano é “Desenvolver sem esgotar”.

O Prêmio Orgulho da Terra, uma iniciativa do Grupo RIC, em parceria com o IDR-Paraná e Ocepar, dá visibilidade às propriedades premiadas com uma série de reportagens feitas pelo programa RIC Rural, transmitido todos os domingos pela RICtv Record TV para todo o Estado.

(Com AEN)

(Débora Damasceno/Sou Agro)