França inicia vacinação de patos contra Influenza e EUA impõem embargo
A decisão francesa de introduzir no país a vacinação de patos contra a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) a partir de 1º de outubro de 2023 teve a primeira reação externa: na sexta-feira, 29 de setembro, o Serviço de Inspeção Sanitária Animal e Vegetal (APHIS, na sigla em inglês) do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) determinou o embargo à importação de produtos avícolas da França.
Mas não só: A restrição se estende também a patos vivos, ovos de pato e produtos de carne de pato não-industrializados provenientes de outros países integrantes da União Europeia. Ou seja: apenas cinco países da região não estão sujeitos às restrições – além do Reino Unido, Islândia, Suíça, Liechtenstein e Noruega. Por outro lado, a importação do foie-gras francês (industrializado) parece estar a salvo.
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Nas palavras do APHIS, a decisão baseia-se na definição da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) para a avicultura e resulta da decisão da França de vacinar patos de criações comerciais contra a IAAP: “A decisão da França de vacinar apresenta um risco de introdução da IAAP nos EUA”, ressalta o texto divulgado.
Conforme o APHIS, atualmente os EUA não permitem a importação de aves comerciais provenientes de países afetados pela IAAP ou de lotes que tenham sido vacinados contra a doença E explica: A vacinação de aves pode mascarar a presença do vírus circulante nas aves. As aves vacinadas podem não apresentar sinais de infecção, o que pode levar à introdução de animais vivos infectados ou produtos contaminados por vírus nos EUA.
Justificando a extensão de parte da medida a outros países europeus, o APHIS comenta que a vacinação contra a IAAP deixa os Estados Unidos potencialmente expostos a um risco indeterminado nas importações: “Dada a forma como as aves e seus produtos se movimentam no bloco, não há certeza de que os países que comercializam no mercado comum europeu possam certificar, com segurança, que suas exportações não são originárias de países europeus que vacinam aves contra IAAP. Assim, estas restrições abordam o risco de comércio aberto dentro da Europa, ao mesmo tempo que contabilizam o risco mais elevado com as importações provenientes de França”.
(Fonte: AviSite)