PECUÁRIA
De olho no rebanho: pesquisa visa identificar casos de mastite em gado leiteiro
A mastite em rebanhos leiteiro bovino pode causar diversas perdas na produção, como a baixa produtividade, além de complicações que podem, inclusive, levar à morte dos animais. Para tratar desse assunto, que tem grande repercussão na saúde e na economia da cadeia produtiva, o Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (IPVDF), ligado a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), realiza o projeto “Detecção de agentes microbianos em mastites clínicas ou subclínicas no rebanho leiteiro bovino, e sua sensibilidade frente aos antibióticos usuais”, em parceria com Emater/Ascar-RS. Na última semana, reuniões com produtores rurais de Eldorado do Sul e Guaíba foram realizadas para a apresentação dos primeiros resultados da pesquisa.
Na primeira fase da pesquisa, foram registrados que 37,5% das propriedades rurais apresentavam mastite subclínica e 25% das vacas leiteiras tinham a doença de forma subclínica. O projeto atinge inicialmente quatro famílias em Eldorado do Sul e quatro em Guaíba, todas assistidas pela Emater. Os objetivos são detectar e identificar os principais agentes microbianos em mastite clínica ou subclínica e a sensibilidade aos antibióticos, qualificando as orientações quanto à prevenção da doença aos produtores.
Uma segunda etapa de análise será realizada nas propriedades, após os produtores implementarem medidas de prevenção, como higiene, orientadas pelos médicos veterinários conforme a realidade de cada propriedade rural. A expectativa é repetir a pesquisa a partir da segunda quinzena de novembro.
“Os exames laboratoriais são realizados pelo laboratório de bacteriologia do IPVDF, que são atividades de rotina no Centro. Os resultados são enviados para a Emater que, dentro de suas atividades como extensionista, orienta o produtor, baseando-se nos resultados laboratoriais, caracterizando um intercâmbio positivo entre as instituições envolvidas e a cadeia produtiva”, enfatiza o chefe substituto do IPVDF, Fernando Karam.
Segundo Karam, as atividades do projeto se estendem até dezembro deste ano, podendo ser renovadas para 2024. Além disso, o projeto pode futuramente ser ampliado para outros municípios e regiões do Estado.
(Com Seapi/RS)