Foto: Leonel Alves
AGRONEGÓCIO

Cataratas chega a vazão de 24 milhões de litros e afeta moradias

Redação Sou Agro
Redação Sou Agro

Devido a grande quantidade de chuva, as Cataratas do Iguaçu iniciam a semana com a maior vazão desde 1997. No início desta manhã, foi registrado escoamento de 24 milhões e 200 mil litros d’água por segundo. Diante disso, a passarela que dá acesso ao mirante da Garganta do Diabo está interditada por medidas de segurança.

A equipe técnica da concessionária Urbia Cataratas, que faz a gestão da visitação do Parque Nacional do Iguaçu, e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), órgão que administra a unidade de conservação, seguem monitorando e avaliando em tempo real a situação do Rio Iguaçu, na região das Cataratas do Iguaçu. Já em relação aos mirantes da Trilha das Cataratas, o acesso está liberado.

Brasil e Argentina

As chuvas na região da fronteira do Brasil com o Paraguai e a Argentina e na bacia do Rio Iguaçu, no Paraná, devem permanecer durante toda a semana, com uma leve trégua na quarta-feira (1º). Se esse cenário for confirmado, a Comissão Especial de Cheias (CEC) da Itaipu Binacional pede que as famílias atingidas pelas inundações, especialmente as do bairro paraguaio San Rafael, em Ciudad del Este, não voltem para casa até a situação se normalizar. Não há prejuízos para a operação da usina.

A CEC está mobilizada desde sábado (28) para acompanhar o aumento do volume dos Rios Iguaçu e Paraná. Na região da Ponte da Amizade, o Rio Paraná chegou a subir quase 16 metros em relação à média histórica. A cheia no local é consequência do represamento causado pelo Rio Iguaçu, que recebeu chuvas intensas desde o último sábado.

Várias frentes de ajuda foram adotadas por voluntários da Itaipu. Sob a coordenação da Assessoria de Responsabilidade Social da margem direita (paraguaia), fizeram o deslocamento das pessoas atingidas para áreas seguras, em parceria com os governos locais.

Famílias afetadas

Cerca de 120 famílias foram atingidas no lado paraguaio do Rio Paraná. No lado brasileiro, foram afetadas as estruturas do porto de areia do bairro Porto Meira e do Iate Clube Cataratas. Uma família que vive ao lado do antigo Espaço das Américas, no bairro Porto Meira, foi removida do local. Ribeirinhos(as) estão sendo orientados sobre a situação.

Itaipu

Para mitigar os efeitos da elevação do Rio Iguaçu, Itaipu vem fazendo o possível para reter a maior quantidade de água que chega ao seu reservatório, que opera hoje na cota 218,99 metros acima do nível do mar. Por isso, acompanha e aguarda o recuo do pico da cheia do Rio Iguaçu para verter, o que pode acontecer a partir desta quarta-feira (1º).

Os níveis do Rio Paraná e a vazão no Rio Iguaçu são continuamente monitorados e avaliados pela Divisão de Estudos Hidrológicos e Energéticos da Itaipu, do Departamento de Operação o Sistema, agora também discutidos na reunião diária da Comissão de Cheias, formada por profissionais, brasileiros e paraguaios, de diferentes áreas da empresa.

A Comissão de Cheias vai continuar acompanhando e repassando novas informações para que a sociedade seja conscientizada sobre as ações a serem adotadas.

(Por Urbia Cataratas – Parque Nacional do Iguaçu e Itaipu Binacional)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)