500 estações de monitoramento e laboratórios do IAT garantem qualidade da água no Paraná - Foto: Roberto Dziura Jr/AEN
INFRAESTRUTURA

Água do PR é monitorada por 500 estações do IAT

500 estações de monitoramento e laboratórios do IAT garantem qualidade da água no Paraná - Foto: Roberto Dziura Jr/AEN
Redação Sou Agro
Redação Sou Agro

Plano de gestão, banco de dados, fiscalização, pesquisa e tecnologia. Esses são alguns dos instrumentos utilizados pelo Instituto Água e Terra (IAT), dentro de um robusto sistema de monitoramento hídrico com aproximadamente 500 estações, para avaliar a vazão e o nível dos rios, além de garantir a qualidade da água que chega aos paranaenses.

A divisão especializada do IAT possui três áreas responsáveis por coletar informações sobre a água no Estado: a de qualidade ou limnologia, a de levantamento de cargas poluidoras e a de hidrometria. Cada uma delas analisa aspectos particulares, utilizando dados coletados em tempo real, amostras de efluentes lançados por diversos empreendimentos ou por meio da instalação de estações de monitoramento.

Em relação à qualidade de água, a rede é composta por 207 estações distribuídas entre as 16 bacias hidrográficas paranaenses. A cada três meses são coletadas amostras de água e encaminhadas para análise nos três laboratórios do IAT (Curitiba, Londrina e Toledo), todos acreditados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), seguindo a norma de qualidade laboratorial ISO 17.025. Nesses espaços são feitos diversos testes que avaliam, entre outros quesitos, as características físicas, químicas e biológicas da água.

“Todos os procedimentos são aplicados para certificar que a água do rio está em um nível de qualidade compatível com o que é estabelecido nos planos de gestão das bacias, que levam em conta os usos múltiplos atuais e futuros da água”, afirma a chefe da Divisão de Monitoramento do IAT, Christine da Fonseca Xavier.

Esse processo também é aplicado pela área de levantamento de cargas poluidoras, que coleta periodicamente amostras dos efluentes lançados por empreendimentos para verificar se os resíduos condizem com os padrões permitidos pela legislação ambiental. Os resultados obtidos são utilizados pelos departamentos de outorga e licenciamento do órgão ambiental e servem de apoio às ações de fiscalização.

Hidrometria

Outra área de monitoramento do instituto é a de hidrometria, que analisa a quantidade de água nas bacias hidrográficas paranaenses. No total, a rede do IAT reúne 300 estações, que podem transmitir os dados de forma manual ou por telemétricas, compartilhando em tempo real, via satélite, as condições de cada local. Esses instrumentos são responsáveis por avaliar a vazão, a quantidade das chuvas e o nível da água de rios do Estado, permitindo um planejamento antecipado.

“Nós temos estações que datam de 1930, o que permite a construção de um histórico detalhado do perfil hidrológico das bacias. Esses dados facilitam o cálculo da quantidade de água disponível nos rios para captação ou despejo de efluentes”, afirma Christine.

“As informações também são encaminhadas para a Defesa Civil para ajudar na avaliação de riscos de enchentes, deslizamentos ou secas, e para a Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA) para compor a rede nacional de monitoramento hidrológico”, acrescenta.

Banco de dados

Os resultados obtidos por esses diversos monitoramentos são posteriormente compilados em um banco de dados com várias aplicações, como explica a chefe da divisão.

“O banco de dados é de domínio público, e pode ser acessado por qualquer pessoa por meio do site do IAT. A cada dois anos, os resultados também são submetidos para uma análise estatística, e ajudam a compor índices de qualidade de água. Isso permite a avaliação real da situação da água do Estado em comparação com classes de enquadramento estabelecidas pelos planos de gestão de bacias”, destaca Christine.

Além disso, a rede é essencial para pautar a gestão de recursos hídricos pelo Governo do Estado. As informações levantadas pelo monitoramento são usadas para avaliar se a legislação ambiental está sendo cumprida, para auxiliar na tomada de decisões pelos comitês de bacias e também para participar do Programa Nacional de Qualidade da Água.

(Com AEN)

(Redação Sou Agro/Sou Agro)